Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6427

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química ambiental e agrícola
Setor Departamento de Química
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Jeferson André Gonçalves
Orientador CARLOS ROBERTO BELLATO
Outros membros Danilo de Castro Silva, JOSE DE OLIVEIRA MARQUES NETO
Título Distribuição de arsênio e metais pesados em sedimentos de ribeirões do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais
Resumo De um modo geral, os sedimentos têm alta capacidade de reter espécies químicas. Menos de 1% das substâncias que atingem um sistema aquático são dissolvidas em água e o restante permanece retido no compartimento sedimentar. Portanto, a análise química de sedimentos proporciona uma eficiente ferramenta para o gerenciamento da qualidade hídrica. O objetivo do presente estudo foi avaliar a distribuição de arsênio e metais pesados nas várias frações geoquímicas de sedimentos do Ribeirão do Carmo, situados na região do Quadrilátero Ferrífero – MG. Foi feita uma amostragem em 4 localidades de coleta ao longo dos Ribeirão Carmo. As amostras de sedimentos foram coletadas diretamente nas margens dos rios, utilizando-se espátula de PVC, transferidas para sacos plásticos de polietileno, transportada em gelo e armazenada em freezer. Em seguida o material foi seco ao ar, homogeneizado e selecionada a fração < 1 mm. Foi utilizado o procedimento de extração sequencial em 0,8 g de amostras de sedimentos conforme procedimento proposto pelo método BCR, que consiste das seguintes etapas: (F1) Fração disponível: metais solúveis e associado a carbonatos, extraído com ácido acético 0,11 mol/L; (F2) Fração redutível: metais associado a óxidos de Fe e Mn, extraído por cloridrato de hidroxilamina 0,1 mol/L; (F3) Fração oxidável: metais associado à matéria orgânica e sulfetos, extraído com peróxido de hidrogênio 8,8 mol/L e acetato de amônio 1,0 mol/L; (F4) Fração residual: metais associado à fase mineral residual. Foram feitas a digestão pseudototal (água régia) da fração residual e do sedimento em forno de microondas (PT). As determinações de arsênio e metais foram feitas por espectrometria de massa com plasma acoplado indutivamente (ICP-MS). Os resultados da extração sequencial de arsênio e dos metais (Co, Cd, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn) nas frações dos sedimentos e para as localidades de coleta 1 a 4, respectivamente, são: As F1 (0,00; 0,00; 2,47 e 0,00 µg/g), F2 (3,84; 3,34; 5,34 e 5,75 µg/g), F3 (5,84; 0,41; 82,78 e 56,69 µg/g), F4 (178,66; 131,03; 121,38 e 549,03 µg/g) e PT (187,40; 135,80; 801,85 e 616,90 µg/g) e para o Co (0,41; 0,38; 0,25 e 0,19 µg/g), F2 (5,72; 5,66; 4,75 e 8,00 µg/g), F3 (2,44; 1,19; 0,97 e 1,28 µg/g), F4 (9,75; 10,06; 13,31 e 12,59 µg/g) e PT (19,00; 18,35; 18,65 e 22,40 µg/g). Embora predominantemente associados à fração residual (não-biodisponível), os outros metais (Cd, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn) também encontram-se distribuídos em praticamente todas as frações, sendo a fração associada a carbonatos e óxidos de Fe e Mn consideradas mais facilmente remobilizáveis para o meio aquático. A presença dos metais em frações consideradas biodisponíveis reflete a contribuição das atividades antrópicas desenvolvidas na região e aponta para um risco potencial de remobilização dos metais a partir dos sedimentos, contribuindo significativamente para a elevação de suas concentrações no meio aquático.
Palavras-chave extração sequencial, metais, sedimentos
Forma de apresentação..... Oral, Painel
Gerado em 0,64 segundos.