Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6425

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Mariana Brettas Silva
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Adriano Honorato Freire, Danilo Manzini Macêdo, Gabriel Barbosa de Melo Neto, JOSE DE OLIVEIRA PINTO, Lorena Chaves Monteiro, Marina Martins Santos, Pollyanna Cordeiro Couto , Thayne de Oliveira Silva
Título Afecções granulomatosas concomitantemente observadas em um equino: Relato de caso
Resumo A habronemose e a pitiose são enfermidades cutâneas frequentes no estado de Minas Gerais, devido aos fatores predisponentes relacionados com as mesmas. Embora macroscopicamente semelhantes, existem características típicas de cada uma das afecções que auxiliam na diferenciação física, ainda que o diagnóstico definitivo seja por histopatologia. Esse relato teve como objetivo registrar a associação de pitiose e habronemose em um garanhão atendido no Hospital Veterinário (HOV) do Setor de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, no Departamento de Veterinária da Universidade Federal de Viçosa. O animal, pertencente a uma propriedade localizada na microrregião de Viçosa (MG), foi trazido ao HOV com outros quatro equinos da raça Mangalarga Marchador. Desses, duas eram fêmeas e os demais machos, com idade entre quatro a doze anos. A evolução da lesão dos quatro animais, que tiveram diagnóstico microscópico de habronemose, foi de no máximo dois meses. No entanto, o equino responsável por este relato apresentava dois anos de evolução de lesão cutânea. Segundo proprietário, o quadro observado pelos veterinários do HOV, caracterizado por tecido granulomatoso localizado palmar à região das falanges proximal e média do membro torácico direito, com aproximadamente 7 cm2 de área, foi tratado (após ser avaliado por veterinário na propriedade) com iodeto de potássio (67 mg/kg) e três doses da vacina Pitium Vac®, uma vez que a suspeita foi pitiose, embora não tenha sido possível realizar biopsia pela ausência de infraestrutura. O proprietário relatou melhora do quadro, porém com surgimento de lesão semelhante três meses antes de o animal ser levado ao HOV. Havia prurido; sinal clínico também apresentado previamente. O exame físico revelou, além do quadro já mencionado, ulceração e discreta exsudação serosanguinolenta. Não havia macroscopia característica de pitiose, embora houvesse histórico. Portanto, as suspeitas foram pitiose ou habronemose. Avaliação histopatológica em fragmentos corados com hematoxilina-eosina demonstrou dermatite difusa granulomatosa e eosinofílica, com raros neutrófilos, e presença do nematódeo causador da habronemose. Adicionalmente, foi observada imagem negativa semelhante à pseudo-hifa. Nesse contexto foi realizada a coloração de Grocott que revelou eosinófilos degenerados, kunkers (focos de necrose entremeados com tecido granulomatoso) em quantidade discreta, macrófagos, raras células gigantes e, finalmente, pseudo-hifas relacionadas com o oomiceto causador da pitiose. Portanto, o animal era portador de ambas as afecções em um único local. O tratamento consistiu da administração oral de ivermectina (0,2 mg/kg/2 doses), pomada local com organofosforado e outras bases farmacológicas (triclorfon: 9 g, nitrofurazona: 224 g, dexametasona: 40 mg e dimetilsulfósido: 56 g) e iodeto de potássio (67 mg/kg/via oral/ 60 dias). Houve resposta ao tratamento e o quadro foi completamente debelado.
Palavras-chave pitiose, habronemose, cavalo
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,68 segundos.