Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6424

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Física teórica, experimental e de simulação
Setor Departamento de Física
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Kelly Aparecida Molica
Orientador MARCELO LOBATO MARTINS
Título Vírus: um possível agente contra o câncer
Resumo O câncer é uma doença agressiva que consiste na divisão descontrolada de células. Formas alternativas de tratamento vêm sendo estudadas, já que tratamentos convencionais como a quimioterapia atingem também células normais gerando muitos efeitos colaterais. Entre elas está à terapia viral oncolítica, ou seja, vírus modificados que só atacam células tumorais. Eles multiplicam e lisam as células cancerosas. O grande desafio está em controlar o sistema de defesa, tal que as células tumorais sejam extintas antes que os vírus sejam exterminados pelo sistema imunológico. Uma das formas para avaliar tais interações é a simulação computacional. As simulações apresentadas neste trabalho representam tumores em seu estágio inicial avascular, quando ainda não há formação de vasos sanguíneos para irrigar a massa tumoral (angiogênese). Nas simulações foram geradas formas tumorais compactas, ramificadas e desconexas e, posteriormente, os vírus foram inseridos. Assim, pudemos observar a interação tumor-vírus e variar parâmetros do vírus, como a sua difusão, para obter características que os tornem mais eficazes no combate às células tumorais. A simulação computacional foi feita em Fotran90, em uma rede quadrada de 10000x10000. Nesta rede inserimos os vírus e variamos seus parâmetros(capacidade do vírus espalhar no tecido, tempo de lise de uma célula tumoral infectada, capacidade de invasão de células cancerosas, etc.). O objetivo central é analisar a eficiência oncolítica do vírus, determinando as principais características que o vírus deve possuir para eliminar os diversos tipos de morfologias tumorais. Foi observado que os tumores mais compactos requerem vírus com baixa difusividade, uma vez que ao atingi-los, se o vírus difundir rapidamente irá espalhar em partes onde não são necessários. Já os tumores ramificados atingem áreas maiores e, assim, vírus com baixa difusividade não conseguem atingir toda a extensão do tumor. Para eliminar tumores desconexos são necessários vírus com difusividade média. O tempo de lise também é importante, por exemplo, se a célula tumoral infectada demora a entrar em lise, também ela demora a liberar novos vírus, e o câncer pode se espalhar para outras regiões antes de ser eliminado. Por sua vez, se a lise ocorre muito rapidamente, não necessariamente há uma eficiência maior. l Desconsiderada a resposta imune que ataca os vírus como uma infecção qualquer, o câncer foi exterminado com o devido ajuste dos parâmetros nas simulações. O efeito da resposta imune está sendo investigado.
Palavras-chave simulação, câncer, vírus
Forma de apresentação..... Painel
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