Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6421

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e Melhoramento Vegetal
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Júlia Coelho Condé
Orientador MAXIMILLER DAL BIANCO LAMAS COSTA
Outros membros Luiz Cláudio Costa Silva, NEWTON DENIZ PIOVESAN, Rafael Delmond Bueno, Raíssa Gomes de Andrade
Título Clonagem do gene GmFAD3A mutante da variedade CS303TNKCA
Resumo O Brasil é atualmente o segundo maior produtor de soja (Glycine max (L.) Merrill) do mundo, ficando atrás apenas dos EUA. Esta cultura é de extrema importância para a agricultura brasileira, pois representa aproximadamente 55,2% de toda área plantada do país. Além disso, a soja recebe grande destaque pela diversidade na utilização de seus produtos, como o óleo e o farelo proteico, usados, por exemplo, na produção de biodiesel e na indústria alimentícia. O óleo proveniente das sementes da soja apresenta em sua composição: 13% de ácido palmítico (16:0); 4% de ácido esteárico (18:0); 18% ácido oleico (18:1 Δ9); 55% de ácido linoleico (18:2 Δ9,12) e 10% de ácido linolênico (18:3 Δ9,12,15). A presença de ácidos graxos poliinsaturados confere baixa estabilidade oxidativa ao óleo de soja, portanto a redução dos teores de ácido linolênico nos grãos da soja é um dos focos do Programa de Melhoramento da Qualidade da Soja do BIOAGRO/UFV, pois assim diminui-se sua instabilidade oxidativa. A conversão de ácido linoleico em ácido linolênico é catalisada pelas enzimas da família ω-3-dessaturases, codificadas pelos genes FAD3 (GmFAD3A, GmFAD3B e GmFAD3C), e mutações conhecidas em GmFAD3A são capazes de reduzir o teores de ácido linolênico presente no óleo de soja. O objetivo desse trabalho foi clonar o gene GmFAD3A mutante proveniente da variedade de soja CS303TNKCA, que apresenta baixo teor de ácido linolênico. A partir do RNA total extraído das sementes em estágio R5 de desenvolvimento, foi feita a síntese de cDNA, seguida pela amplificação por PCR (Polymerase Chain Reaction), usando um conjunto de primers específicos previamente desenhados. O fragmento foi submetido à eletroforese para confirmação da amplificação do fragmento de interesse com 624 pb e então purificado. A digestão do fragmento e do vetor pYES2 foi realizada com as enzimas de restrição BamHI e XhoI, que não possuem atividade estrela. A clonagem do gene foi feita através da reação de ligação com a enzima T4 DNA ligase. Com o gene clonado no vetor de interesse, células competentes de Escherichia coli da cepa DH5α foram transformadas por choque térmico e em seguida plaqueadas em meio LB sólido na presença de ampicilina. A partir de colônias selecionadas foi feita a extração de DNA plasmidial e sua digestão com as mesmas enzimas de restrição, para a confirmação da clonagem por eletroforese, em que se analisou a presença de um fragmento com 624 pb. Até o momento obteve-se um total de três clones que apresentam o inserto proveniente da variedade CS303TNKCA. As perspectivas são que após o sequenciamento desses produtos e confirmação de que o gene foi corretamente inserido no vetor, sejam feitas novas transformações em cepas W303 de Saccharomyces cerevisiae para a análise da atividade enzimática conferida pelo gene GmFAD3A.
Palavras-chave óleo de soja, ácido linolênico, dessaturase
Forma de apresentação..... Painel
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