Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6420

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e melhoramento vegetal
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Raíssa Gomes de Andrade
Orientador MAXIMILLER DAL BIANCO LAMAS COSTA
Outros membros Danyelle Barbosa Mayrink, Luiz Cláudio Costa Silva, NEWTON DENIZ PIOVESAN, Rafael Delmond Bueno
Título Clonagem da ômega-6 dessaturase (GmFAD2-1A) em acessos de soja diferindo no conteúdo de ácido oleico
Resumo O óleo de soja (Glycine max (L.) Merr.) é um dos mais importantes produtos da soja, sendo o mesmo composto por ácido palmítico (16:0) 11%; ácido esteárico (18:0) 4%; ácido oleico (18:1) 25%; ácido linoleico (18:2) 52%; e ácido linolênico (18:3) 8%. Visando aumentar a estabilidade oxidativa do óleo de soja, a indústria alimentícia tem utilizado a hidrogenação química para reduzir as concentrações de ácido linoléico e ácido linolênico e aumentar a concentração de ácido oléico. Este processo gera quantidades significativas de ácidos graxos saturados e de isômeros trans de ácidos graxos. O consumo desses compostos parcialmente hidrogenado está diretamente relacionado com a incidência de certas doenças cardíacas, altos níveis de colesterol e riscos de desenvolvimento de diabetes tipo 2. Os genes GmFAD2-1A e GmFAD2-1B presentes na soja codificam uma família de enzimas ômega-6 dessaturase responsável por converter ácido oleico em ácido linoleico, sendo considerados importantes no controle do nível de ácido oleico na semente de soja. O gene GmFAD2-1A mutado do acesso PI603452 apresenta a deleção de uma adenina, gerando um stop códon prematuro e consequentemente uma proteína truncada não funcional que está associada a um alto teor de ácido oleico. O objetivo deste trabalho foi clonar o gene GmFAD2-1A de indivíduos com alto teor de ácido oleico. Inicialmente foi realizada a extração de RNA de sementes de soja no estágio R5 nas linhas PI603452, PL04, PL126, PL21 e PL 79. O RNA obtido foi tratado com DNase e posteriormente utilizado para a realização da síntese do cDNA. Utilizamos conjuntos de primers desenhados especificamente para região codificante do gene GmFAD2-1A para amplificação via PCR. A eletroforese em gel de agarose 1,2% foi realizada para confirmar a amplificação e, logo após, foi realizada a purificação do produto do PCR diretamente do gel. Posteriormente, foram executadas a digestão do vetor pYES2 e do fragmento obtido utilizando as enzimas de restrição XhoI e BamHI. A clonagem foi conduzida a partir da reação de ligação usando a enzima T4 ligase e os produtos digeridos obtidos. Foi feita a transformação por choque térmico utilizando células competentes da cepa DH5α de Escherichia coli e, em seguida, foi realizado o plaqueamento das mesmas em meio LB sólido contendo amplicilina. Colônias isoladas crescidas nas placas de petri foram escolhidas e colocadas para crescimento a 37ºC em meio Luria-Bertani líquido. A partir delas foi realizada uma extração de DNA plasmidial e, logo após, uma digestão para análise dos fragmentos obtidos e confirmação da clonagem. Até o momento foram identificados clones para todos os indivíduos, e estes foram enviados para sequenciamento e, após confirmação, serão utilizados para transformação na cepa W303 de Saccharomyces cerevisiae com a finalidade de avaliar a atividade da enzima codificada pelo gene GmFAD2-1A.
Palavras-chave Gene, Ácido oleico, Clones
Forma de apresentação..... Painel
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