Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6419

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Arquitetura e paisagismo
Setor Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Carolina Barroso Costa
Orientador MARISTELA SIOLARI DA SILVA
Outros membros MARIANA HERMSDORFF E PRATA
Título Qualidade do projeto: Novas demandas vs inovações espaciais
Resumo Sabendo que a qualidade do projeto arquitetônico encontra intimamente atrelada aos fatores técnicos e às análises subjetivas do espaço construído, têm-se que o atendimento das necessidades do usuário final é determinante para a produção de uma arquitetura de qualidade. Porém, atualmente, não está havendo a necessária relação entre o responsável pelo projeto da habitação com o usuário final, uma vez que a dinâmica vida do usuário, com suas atividades específicas, não está sendo devidamente considerada. Com isso, é notável uma reprodução, massiva e padronizada, de unidades habitacionais não adequadas às demandas do consumidor, originando um déficit na qualidade do projeto. Dessa forma, temos que ao longo dos anos, a habitação acompanhou as transformações da configuração familiar, desde a família extensa, passando pela família nuclear e moderna. Acontece que, no cenário mundial pós revolução industrial, a partir do século XIX, um novo perfil habitacional surge em resposta a alta valorização do solo urbano e a demanda cada vez maior por moradia. Esse novo modelo, consiste na habitação coletiva vertical. A configuração espacial dessa habitação seguiu o modelo tripartido, estanque e setorizado da habitação voltada a família nuclear tradicional, composta por um casal com filhos. Essa tipologia habitacional, aliada ao modelo funcional moderno, vem sendo produzida até os dias atuais, sob justificativa de que se chegou a um modelo rentável capaz, de acordo com agentes imobiliários, atender às necessidades do usuário. Porém, a partir da década de 1960, transformações sociais aliadas aos avanços tecnológicos resultaram em novos grupos domésticos como famílias monoparentais, uniões livres, pessoas vivendo só, casais sem filhos, coabitação de grupos sem parentesco, etc. Logo, num cenário de mudanças nos valores e hábitos de vida um novo desenho habitacional deveria atender a essa pluralidade de arranjos domésticos, com espaços adequados a modos de vida diversificados, não se reduzindo a um único modelo habitacional. Porém, o redesenho da moradia não está ao mesmo passo das grandes mudanças, pois a resposta imobiliária ainda está associada ao modelo consolidado da habitação burguesa aliado ao modelo moderno funcional. Nesse contexto, foi realizada uma pesquisa na cidade de Viçosa/MG visando estudar as tipologias habitacionais ofertadas pelo seu mercado imobiliário atrelada aos hábitos dos novos formatos familiares. Este trabalho propôs a verificação das novas demandas de um novo grupo familiar em específico, pessoas vivendo só, juntamente com as expectativas e compreensões desse usuário em relação à habitação, procurando entender como as transformações na família repercutem no espaço residencial e como os responsáveis pela concepção habitacional podem atender à essas novas necessidades.
Palavras-chave Habitação vertical, novos modos de vida, inovações espaciais.
Forma de apresentação..... Oral
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