Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6417

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Tainá Saraceni de Andrade
Orientador MARIA APARECIDA SCATAMBURLO MOREIRA
Outros membros David Germano Gonçalves Schwarz
Título Influência de Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis (MAP) em mastite por Escherichia coli em células de cultivo MAC-T
Resumo A mastite designa os fenômenos inflamatórios infecciosos mais comuns da glândula mamária dos mamíferos, é uma doença multifatorial, sendo E. coli o mais representativo patógeno isolado de casos de mastite ambiental. Embora aparentemente Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis (MAP) não cause a mastite bovina, os achados de estudos subsequentes têm demonstrado a presença de MAP no interior de glândulas mamárias e no leite, sendo o leite a segunda amostra mais usada para o isolamento de MAP, um bacilo álcool-ácido resistente causador da paratuberculose em ruminantes. Essas observações inferem a possibilidade da glândula mamária ser um reservatório de MAP, contribuindo para o aumento da inflamação local do tecido. Tendo em vista a ausência de estudos que correlacionem MAP e a mastite bovina, há necessidade de estudar a influência de MAP no desenvolvimento da mastite causada por E. coli em células de cultivo. O objetivo foi verificar a influência de MAP no desenvolvimento da mastite bovina causada por Escherichia coli sob condições experimentais. As células da linhagem epitelial mamária bovina (MAC-T) foram cultivadas (meio DMEM) em placas de 24 poços até formarem uma monocamada de células confluentes e aderidas. Foi realizado o cultivo de E. coli em ágar Luria Bertani (LB) e de MAP K-10, em caldo Middlebrook 7H9 enriquecido. As células MAC-T foram desafiadas com E. coli (1x108UFC/mL), e em associação com MAP (1x106UFC/mL). As células foram desafiadas por 2h com MAP, após lavagem foram desafiadas com E. coli por 10 min, 30 mim e 2h. Para análise, as células MAC-T foram lisadas com Triton X 100 (0,1%) e após diluídas serialmente, foram plaqueadas em meio ágar LB, em triplicata e incubadas a 37ºC overnight. Os resultados das células MAC-T desafiadas por E. coli e MAP, revelaram concentrações de 4.7x105UFC/mL, 1.6x106UFC/mL, 9x106UFC/mL, nos tempos de 10 min, 30 min e 2h. Nas MAC-T desafiadas apenas por E. coli (controle) foi encontrado valores superiores ao verificado acima, 2.3x106UFC/mL, 9.7x106UFC/mL, 5.5x107UFC/mL, nos seus respectivos tempos. Assim, os resultados demonstraram que a infecção prévia de MAP nas células epiteliais mamárias interferiu na subsequente internalização de E. coli. Desse modo, pode-se inferir que MAP dificultou a entrada de E. coli em células epiteliais mamárias de bovino sob condições experimentais.
Palavras-chave bactéria, leite, coinfecção
Forma de apresentação..... Painel
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