Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6401

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FUNARBE, Outros
Primeiro autor Jéssica Ewelin de Sousa
Orientador MARIA APARECIDA SCATAMBURLO MOREIRA
Outros membros Geórggio Filipe de Paula Moraes, Magna Corôa Lima, Pedro Almeida Costa Casadei Maciel
Título Detecção de genes de virulência em Staphylococcus arueus isolados de mastite caprina da Zona da Mata de Minas Gerais
Resumo A caprinocultura leiteira é uma atividade em constante expansão no estado de Minas Gerais, e os prejuízos gerados pela mastite são significativos. Mastite pode ter vários agentes etiológicos, e um dos principais é Staphylococcus aureus, que pode apresentar vários fatores de virulência. Assim, é importante estudar os genes de virulência dessa bactéria. O objetivo deste trabalho foi detectar a presença dos genes de virulência em S. aureus isolados de mastite caprina. Foi coletado leite de animais com mastite em 10 propriedades da Zona da Mata de Minas Gerais (Viçosa, Ubá, Juiz de Fora, Manhuaçu, Muriaé, Cataguases e Ponte Nova). Para a detecção dos genes foi utilizado a técnica de PCR uniplex, onde os genes pesquisados foram: sea, seb, sec, sed, see, seg, seh, sei, sej, fnbA, fnbB, etb, eta e tst. Esses estão envolvidos com a expressão de enterotoxinas e, também na adesão e manutenção do patógeno na glândula mamária do animal. As enterotoxinas têm grande importância na saúde pública, pois causam intoxicações caracterizadas por vômito e diarreia. Em 92,7% (193/208) dos isolados foi detectado pelo menos um gene que produz enterotoxina sozinho ou em combinação, o que demonstra o potencial toxigênico. Os genes das enterotoxinas encontrados com mais frequência nas análises foram sea, sec, sed e sej, e o gene sei não foi encontrado em nenhum dos isolados. O leite de cabra é amplamente consumido e, como a enterotoxina é termoestável, há risco de intoxicação alimentar e suspeita de que estas toxinas possam induzir a imunossupressão em animais produtores de leite. Em 7,3% (16/208) das amostras não foi detectado qualquer gene das enterotoxinas pesquisadas. Quanto aos genes relacionados com adesão e manutenção do patógeno, o gene fnbA foi encontrado em 13,5% (28/208) dos casos, o fnbB em 5,3% (11/208). O gene etb estava presente em 14% (29/208) das amostras, enquanto o eta foi encontrado em 0,96% (2/208) e o tst em 12% (25/208). Em 54,24% (113/208) das amostras analisadas, não foi encontrado nenhum desses genes. Os resultados indicam que S. aureus isolados de mastite caprina apresentam fatores de virulência importantes no desenvolvimento da mastite em cabras, além do potencial enterotoxigênico de importância na saúde pública.
Palavras-chave Bacteria, ruminante, leite
Forma de apresentação..... Painel
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