Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6393

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Ryan de Aguiar Souza
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros ANA LUCIA SALARO, Franciele Macedo da Cruz, Gabryele Silva Ramos, Shaiene Maria da Silva
Título Desenvolvimento e comportamento reprodutivo da barata d’água Belostoma anurum quando exposta ao hormônio masculinizante 17-α-metiltestosterona na dieta
Resumo Técnicas para reversão sexual de peixes, como a utilização do hormônio 17-α-metiltestosterona na dieta, vem sendo utilizadas para a obtenção de indivíduos monossexos (machos) de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus), uma vez que os machos desta espécie de peixe apresentam maiores taxas de crescimento quando comparadas com as das fêmeas. Entretanto, não se sabe como esse hormônio pode influenciar o desenvolvimento de outras espécies aquáticas que coexistem com esses peixes, como por exemplo, a barata d’água Belostoma anurum. Portanto, este estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito do hormônio masculinizante 17-α-metiltestosterona nos processos de desenvolvimento e no comportamento reprodutivo de B. anurum. Utilizou-se um delineamento experimental inteiramente casualizado onde ninfas de 3º ínstar de B. anurum foram colocadas em aquários em que a dieta oferecida a alevinos de tilápia-do-nilo continham (na concentração de de 60 mg kg-1de ração) ou não o hormônio 17-α-metiltestosterona. Cada aquário recebeu um lote de 40 alevinos. Os aquários dispunham de 8L de água, filtro biológico, aeração constante e temperatura controlada em 28 (± 2 ºC). Em cada aquário havia quatro ninfas de B. anurum, que estavam em potes plásticos individuais perfurados nas laterais e com o fundo trocado por uma organza, para que as mesmas ficassem constantemente em contato com a água dos aquários. Durante todo o experimento (i.e., 28 dias), as ninfas de B. anurum foram alimentadas diariamente com dois alevinos submetidos a dietas isentas de hormônio. Já a oferta de alimentos aos alevinos dentro dos aquários que continham os B. anurum acontecia 11 vezes ao dia. Ao atingirem 60 dias da fase adulta, os insetos foram sexados e transferidos para aquários, onde foram agrupados de acordo com o tratamento a que foram submetidos nas suas fases imaturas (i.e., presença ou ausência do hormônio). A quantidade de ovos deixados pelas fêmeas sobre a parte dorsal dos machos foi avaliada durante a primeira semana de agrupamento dos adultos. O percentual de cada sexo, a duração dos ínstares de B. anurum bem como a quantidade de ovos depositados foram comparados utilizando o teste t a 5% de probabilidade. Como esperado, a quantidade de machos e fêmeas de B. anurum foi similar em ambos os tratamentos. Também não existiu efeito significativo entre os tratamentos (3º ínstar: P = 0,832; 4º ínstar: P = 0,429; e 5º ínstar: P = 0,597) no tempo médio de desenvolvimento ou no comportamento reprodutivo (P = 0,196) de B. anurum. Portanto, a utilização de hormônio 17-α-metiltestosterona na dieta de tilápia-do-nilo pode ser considerada como ação inofensiva para o percevejo aquático B. anurum.
Palavras-chave 17-α-metiltestosterona, insetos aquáticos, interações peixe-insetos.
Forma de apresentação..... Oral
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