Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6390

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Saneamento e resíduos
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Eder Carlos Lopes Coimbra
Orientador ANN HONOR MOUNTEER
Outros membros Natália Regina de Rezende
Título ////Remoção de atividade biológica no tratamento aeróbio e anaeróbio de esgotos domésticos.
Resumo No Brasil, menos de 30% dos esgotos domésticos gerados são tratados e quando ocorre, a escolha dos processos de tratamento não leva em consideração a capacidade de eliminar substâncias biologicamente ativas (tóxicas) nos esgotos, que muitas vezes possuem caráter recalcitrante e que, mesmo em baixas concentrações, são capazes de causar efeitos deletérios à biota do corpo receptor. O objetivo desta pesquisa, ainda em andamento, é de comparar a eficiência de remoção de matéria orgânica e de toxicidade, bem como de determinar a contribuição do processo de adsorção no lodo na redução de toxicidade, durante o tratamento de esgotos sanitários por processos biológicos aeróbio e anaeróbio. Para tal, amostras de esgoto bruto vem sendo coletadas na entrada de uma estação de tratamento de esgotos (ETE) da Zona da Mata mineira e trazidos para o Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental (LESA) da UFV, onde são caracterizadas quanto a parâmetros físicos, químicos e ecotoxicológicos. Dois reatores em batelada de bancada vêm sendo operados, uma sob condição aeróbia e outra anaeróbia, ambos sob condições constantes de temperatura e de tempos de retenção hidráulica e de lodo. Os esgotos tratados em cada reator são coletados para caracterização físico-química e ecotoxicológica. Adicionalmente, foi desenvolvido um método para a inativação do lodo por meio da combinação de tratamentos térmico e irradiação ultravioleta, para permitir uma futura avaliação da contribuição da adsorção no lodo para a remoção de substâncias toxicas. O esgoto bruto apresenta DQO (demanda química de oxigênio) de 256 ± 34,9 mg/L, com remoções médias de 85% e 67% alcançadas nos sistemas aeróbio e anaeróbio, respectivamente. Ademais, não se detecta a presença de nitrogênio amoniacal na saída do reator aeróbio e há significativa remoção do mesmo no reator anaeróbio. Até o momento, todas as amostras coletadas do esgoto bruto sem diluição apresentaram efeito tóxico agudo ao organismo-teste Ceriodaphnia dubia. Também foi observado efeito crônico em uma das amostras, com concentração de inibição de reprodução da C. dubia (CI25%) = 19.4%. A toxicidade a C. dubia tem sido eliminada, tanto no tratamento aeróbio como anaeróbio. O método definido para inativar o lodo biológico consiste de tratamento a 80°C por duas horas, seguido de exposição a luz UV por 15 min. Esse tratamento resultou em cessação do consumo de oxigênio (lodo aeróbio) e de produção de metano (lodo anaeróbio) por, pelo menos, 24 horas. Nas próximas etapas da pesquisa, serão realizados estudos de adsorção/biodegradação de substâncias tóxicas, bem como de compostos responsáveis por outras formas de toxicidade (estrogenicidade). Até o momento, a pesquisa mostrou que o tratamento de esgotos domésticos, tanto por processo aeróbio como anaeróbio, é fundamental para evitar a degradação dos cursos receptores devido à presença de substâncias potencialmente tóxicas.
Palavras-chave atividade biológica, reatores, toxicidade.
Forma de apresentação..... Painel
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