Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6387

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Edjon Gonçalves Santos
Orientador SERGIO OLIVEIRA DE PAULA
Outros membros Ana Flávia Costa da Silveira, Andre Silva de Oliveira, ROBSON RICARDO TEIXEIRA
Título Avaliação do potencial efeito antiviral de derivados do Eugenol contra a protease do vírus West Nile
Resumo O West Nile Virus - WNV é um flavivirus que tem uma ampla distribuição em toda a África, Oriente Médio, sul da Europa, Rússia ocidental, sul da Ásia ocidental, e Austrália, devido a sua capacidade de infectar várias espécies de mosquitos e aves. É um patógeno emergente que tem expandindo sua distribuição geográfica, espalhando-se rapidamente nos últimos anos em toda a América do Norte. Recentemente foi identificado um caso de doença neuroinvasiva no estado do Piauí – Brasil. Tem sido a causa de um número crescente de infecções humanas com doença grave associada e mortes. O tratamento da infecção pelo WNV continua sendo estudado, ainda é necessário a detecção de um antiviral eficiente. As abordagens terapêuticas se baseiam em minimizar os sintomas. Para o desenvolvimento de antiflavivirais, 36 anos de estudo têm indicado que a protease viral dos flavivirus torna-se alvo promissor para drogas antiflavivirais. Os genomas dos flavivirus são traduzidos em uma única poliproteina que precisa ser clivada por proteases virais e do hospedeiro. Por processar a maioria das clivagens poliproteicas, é necessária e essencial para a replicação do vírus. Nesse trabalho foi realizado uma triagem antiviral de substâncias derivadas da classe dos eugenóis contra a protease do vírus WNV. O eugenol é um composto fenólico volátil, o principal constituinte do óleo extraído do cravo-da-índia e que já tem atividade antiviral relatada. Para as análises foi utilizado ensaio enzimático com a NS2B-NS3 protease do vírus WNV purificada e ativada fornecida pela R&D Systems e substrato fluorescente pERTKRAMC (R & D Systems). Para triar a ação antiviral dos 27 derivados de eugenóis utilizamos ensaio enzimático com a enzima protease de WNV e concentração única dos compostos (16 uM). A maioria dos compostos apresentaram uma pequena atividade antiviral, mas um deles inibiu a atividade enzimática em 100%. Esse composto é caracterizado por apresentar como radical ao eugenol, um anel triazólico e uma molécula de bromo ligada na porção orto de um anel aromático. A inibição enzimática foi avaliada na presença de variadas concentrações do composto identificado e foi obtido o valor do IC50 (concentração que inibe 50% da atividade enzimática) de 6,86 uM. Ensaios de citotoxicidade em células VERO indicaram que o composto apresenta baixa toxicidade, com valores de CC50 (concentração que mata 50% das células) de 107,7 uM. Outros trabalhos de atividade antiviral indicaram a participação do eugenol e também de anel triazólico fundamentais na inibição viral. Ensaios de docking determinarão o papel destas porções na inibição da protease.
Palavras-chave WNV, Antiviral, Eugenol
Forma de apresentação..... Painel
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