Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6376

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Monalisa Aparecida do Carmo
Orientador HELOISA RAIMUNDA HERNECK
Título Processos de subjetivação nas/das/com as redes vivenciadas pelos/pelas professores no cotidiano das escolas
Resumo Nesta pesquisa objetivou-se acompanhar os saberes/fazeres produzidos pelos/pelas professores/as nos cotidianos de uma escola e os processos de subjetivação e (des)subjetivação que as compõem. Desta forma, os cotidianos escolares foram problematizados enquanto espaço de invenção potencializador de sentidos para/na/da formação continuada de professores e para a pesquisadora, enquanto parte deste cotidiano. Propus seguir a entradas possíveis da/na escola numa perspectiva que se insere na perspectiva Cartográfica e dos estudos do/no/com o cotidiano escolar, ou seja, seguir pistas. Essa perspectiva se articula ao pós-estruturalismo de Galles Deleuze, Suely Rolnik, Nilda Alves, Virgínia Kastrup e outros. Optamos por uma escola localizada em uma região periférica, distanciada do centro da cidade, pelo fato das escolas periféricas pouco serem pesquisadas pela Universidade Federal de Viçosa/MG. Desta forma, a escola diferencia-se não só pela distância, como pelos/as alunos que atendem (periferia urbana e rural). Após um longo período de imersão no referencial teórico, a inserção nos cotidianos da escola tornou-se fundamental, e o envolvimento com os/as alunos/as e professores/as, a fim de me perder naquele espaço. O contato com a sala de aula levou a pensar o discurso sobre teoria aprendida e prática vivida na escola, e entendendo pelos estudos do/com cotidiano, que teoria/prática são indissociáveis (ALVES, 2007), percebi-me, naqueles momentos, construindo teoria enquanto praticava aqueles cotidianos. As dificuldades enfrentadas pelos/as professores/as na conciliação entre a teoria acadêmica e a sala de aula tornam-se evidenciadas no cotidiano, dando origem a uma luta diária em não fazer do cotidiano uma "rotina". O cotidiano a cada momento se apresenta sob nova roupagem, com situações impensadas a se resolver. O/a professor/a precisa saber mais que conteúdos curriculares para enfrentá-los. As dificuldades então, passam a ser percebidas em suas complexidades, e estão muito além da sala de aula, envolvendo fatores externos como exclusão, racismo, desigualdade social e de gênero... são situações que acabam construindo a contínua formação do professor. As (des)motivações para o/a professor/a seguir a carreira são colocadas a todo momento e esses testes acontecem nos diversos espaços da escola. Ao me colocar no meio escolar do cotidiano escolar, entendo-me como parte do objeto de pesquisa, me misturo, me torno professora, me (re)conheço! Fatores essenciais em uma cartografia do cotidiano. Assim, percebo as transformações em meu olhar e busco compreender a mim mesmo diante dele, as vezes com estranheza, as vezes com intimidade. Isso faz com que a pesquisa seja marcada por questionamentos: até que ponto as dificuldades nos cotidianos dos/as professores/as são da escola, ou são dificuldades presentes também na formação inicial do docente? Mais dúvidas do que respostas é o que esta pesquisa deixa, o que mostra que este é um campo vasto de perguntas.
Palavras-chave Professores, cotidianos, subjetivações
Forma de apresentação..... Painel
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