Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6375

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Lingüística e semiótica
Setor Colégio de Aplicação - Coluni
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor VICTORIA PRESOTI PAIXÃO
Orientador OFELIA MARIA IMACULADA
Título A construção do conceito de "crise" em textos midiáticos.
Resumo Partindo da ideia de que “crise” é um conceito abstrato e tem sido assunto recorrente em textos midiáticos, essa pesquisa busca investigar como as metáforas contribuem para a estruturação deste conceito em textos veiculados pela mídia no ano de 2015. A metáfora é vista aqui como um mecanismo cognitivo básico de significação, por meio do qual construímos mapeamentos de domínios concretos de nossa experiência para domínios mais abstratos, estruturando, assim, nossos sistemas conceituais (Lakoff e Johnson, 1980). A língua e nossos sistemas conceituais interagem de forma bidirecional, de modo que o estudo da metáfora nos permite compreender os processos de criação de sentido na linguagem os quais sofrem influência do contexto social. Desse modo, para investigar os Modelos Cognitivos utilizados para significar o conceito de crise, tomamos como corpus reportagens publicadas nas revistas Veja (A tempestade perfeita), Caros Amigos (Crise sobre crise: instabilidade e incertezas) e Época (Como o Brasil vai superar essa crise?) as quais apresentam perfis editoriais que divergem em suas perspectivas ideológicas. A análise priorizou investigar a interação entre os níveis linguístico e cognitivo, tomando, no uso discursivo da linguagem, as metáforas utilizadas como mecanismos comunicativos dinâmicos, que sofrem influência dos fatores envolvidos no evento discursivo, a saber, contexto social, participantes, relações de poder, perspectivas ideológicas e valores culturais. Para discutir as representações construídas, adotamos a metodologia da Análise Crítica do Discurso (ACD) que propõe consideramos três níveis de análise: textual, social e discursivo (Fairclough 2001, 2013, 2006). Diante da análise dos dados, observamos o funcionamento das metáforas como um recurso organizador do discurso, de a amenizar as causas e impactos da crise econômica e política pelo qual o Brasil está passando, ou modo a intensificar essas causas e efeitos. De um modo ou de outro, é conclusivo que as metáforas conseguem significar de maneira concreta o conceito de crise por meio da utilização dos modelos cognitivos “crise é tempestade” e “crise é um voo turbulento”, os quais articulam conhecimentos e crenças no processo de representação da crise no Brasil.
Palavras-chave Discurso, metáfora, crise e representação.
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,60 segundos.