Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6372

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e Cirurgia Animal
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Diana Villa Verde Salazar
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Adriano Honorato Freire, Danilo Manzini Macêdo, Gabriel Barbosa de Melo Neto, JOSE DE OLIVEIRA PINTO, Lorena Chaves Monteiro, Marina Martins Santos, Pollyanna Cordeiro Couto , Thayne de Oliveira Silva
Título Ferradura invertida com talonete para equinos com laminite crônica
Resumo Os equinos possuem um mecanismo de sustentação da falange distal (terceira falange) bastante complexo. No interior do casco a falange suporta a marcada pressão exercida pelo tendão do músculo flexor digital profundo (TFDP), mas também do tendão do músculo extensor digital comum (membros torácicos, MTs) e longo (membros pélvicos, MPs), a força da gravidade e de anti-concussão (gerada pelo contato do casco no solo). Está intimamente unida à derme, responsável pela nutrição do casco. Uma das afecções locomotoras mais frequentes nos equinos é a laminite, que acomete as lâminas dermo-epidérmicas. É considerada crônica quando ocorre abaixamento ou rotação da falange. O tratamento exige perseverança e a finalidade é fazer com que a superfície dorsal do osso volte a ser paralela à da parede dorsal da muralha do casco. Não é impossível que equinos com a afecção possam retornar à sua atividade física. Entretanto, na maioria das ocasiões, o resultado é frustrante. O ferrageamento corretivo é uma opção bastante utilizada, mas existem diferentes formas de realização do mesmo, que busca estabilizar e proteger a falange, facilitando a reparação dos tecidos moles. Esta reparação normalmente ocorre mediante formação de um tecido hiperplásico e hiperqueratinizado. O objetivo desse resumo foi relatar a resposta à utilização de ferradura invertida, associada ao uso de talonete (No Shock/ Mustad/7927) em dois equinos atendidos no Hospital Veterinário (HOV) da Universidade Federal de Viçosa. Um dos animais foi um garanhão Mangalarga Marchador (MM), com 3,5 anos de idade, com rotação da falange distal dos MTs (A). O outro, também MM, com oito anos de idade, apresentava abaixamento da falange dos quatro membros (B). A possível causa primária da afecção foi sobrecarga por carboidratos (A) e exercício excessivo (B). Antes e depois do ferrageamento os animais foram examinados em estático e dinâmico. O grau de claudicação foi definido como 2/4 (classificação de Obel). No exame dinâmico os equinos foram observados em linha reta e ao passo. A falange distal foi radiografada nas projeções lateromedial e dorsopalmar/plantar para confirmação do quadro. Os equinos foram casqueados com retirada parcial da muralha do casco e discreta redução dos talões, na tentativa de reposicionar a falange distal no casco. Os animais receberam ferradura invertida e talonete nos MTs, mas os MPs do animal B apenas ferradura invertida. Os animais permaneceram no HOV por três dias, sendo medicados com fenilbutazona (4,4 mg/kg/12 h). Inicialmente o grau de claudicação passou para 1/4. Entretanto, após retorno ao HOV, os animais demonstraram melhora clínica e radiográfica do quadro. Os resultados obtidos são justificados pelo alívio da pressão sobre a parede dorsal do casco resultante do uso da ferradura invertida, e pelo fato do talonete reduzir a pressão no TFDP e, portanto, a tensão sobre a falange. Entretanto, recomendação de adequado manejo na propriedade é parte fundamental do tratamento.
Palavras-chave cavalo, casqueamento, rotação da falange
Forma de apresentação..... Painel
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