Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6370

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Marciano Marques de Oliveira
Orientador ANTONIO FERNANDES DE CARVALHO
Outros membros Guilherme Miranda Tavares
Título Impacto da modificação estrutural de proteinas sobre sua coacervação complexa
Resumo Este trabalho relata o impacto de modificações estruturais da β-lactoglobulina (β-LG) em sua coacervação complexa com a Lactoferrina (LF). LF é a proteína básica majoritária do leite bovino, já a β-LG é a proteína ácida presente em maior quantidade no soro de leite bovino e apresenta principalmente duas variantes genéticas β-LG A e β-LG B que se diferem apenas pela substituição de dois aminoácidos. A β-LG A é ligeiramente mais hidrofóbica e ligeiramente mais eletronegativa que a β-LG B. Neste trabalho avaliou-se o impacto da lactosilação da β-LG no seu processo de coacervação complexa com a LF tendo como parâmetros de avaliação a gama de concentrações, permitindo a coacervação, e o rendimento de recuperação proteica na fase coacervada. Foi conduzido um estudo comparativo, entre β-LG nativa e sua forma com 30% de lactosilação. Tanto para a β-LG nativa quanto para a β-LG lactosilada, três diferentes misturas foram estudadas segundo a variante genética da β-LG presente: β-LG A, β-LG B e uma mistura equimolar das duas variantes. Após a mistura da LF com um excesso de β-LG, coacervados foram formadas numa determinada faixa de pH (5,4 e 6,0). No entanto, apenas o pH de 5,5 foi escolhido para efeito de comparação entre os tratamentos. Uma gama de concentrações de LF variando entre 0 e 0,05 mM e de β-LG variando entre 0 e 0,5 mM foram testadas. Para cada mistura foi avaliado o tipo de estrutura formada (coacervados ou agregados) por microscopia ótica e o rendimento de coacervação (para as misturas onde coacervados foram observados) por cromatografia líquida. A lactosilação da β-LG afetou drasticamente as razões molares (β-LG/LF), permitindo a coacervação. Grande dependência da variante genética da β-LG também foi observada nas razões molares (β-LG/LF), permitindo a coacervação. A recuperação de proteínas nos coacervados apresentou uma ampla variação e se mostrou dependente do estado estrutural da β-LG. Foi observado um máximo de recuperação proteica nos coacervados superior a 75% quando a β-LG nativa estava presente, enquanto um máximo de 65 % de recuperação proteica foi obervado na presença da β-LG lactosilada. Independente do estado estrutural da β-LG, a LF se mostrou mais propensa a formar coacervados com sua isoforma A, levando a um maior rendimento de coacervação.
Palavras-chave β-Lactoglobulina, Lactoferrina, Coacervação
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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