Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6351

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Monica Maria Lopes do Carmo
Orientador ERICA TOLEDO DE MENDONCA
Outros membros DEISE MOURA DE OLIVEIRA, Tiago da Silva Felipe, Vanessa Soares Martins
Título Cuidados paliativos oncológicos nas redes de atenção à saúde: uma reflexão necessária
Resumo Os cuidados paliativos (CP) oncológicos apresentam-se como integrante importante da linha de cuidados de pacientes com câncer em doença avançada, e sua efetivação garante o atendimento das necessidades dos indivíduos e seu núcleo familiar num momento peculiar da doença. No entanto, percebe-se que muitas vezes essa assistência é descontínua e/ou totalmente dependente do nível terciário, evidenciando uma fragilidade nos fluxos e contra-fluxos das redes de atenção à saúde (RAS). O presente estudo tem como objetivo refletir sobre os CP oncológicos na Atenção Primária à Saúde (APS) e sua inserção na RAS no âmbito do Sistema Único da Saúde (SUS). Métodos: este estudo representa resultados do projeto de pesquisa intitulado “Cuidados paliativos oncológicos na rede de atenção à saúde do município de Viçosa, MG: demandas e necessidades em saúde e enfermagem”. As questões aqui colocadas para reflexão emergiram da experiência de docentes e acadêmicos de cursos da área da saúde de uma universidade pública do interior de Minas Gerais, que, ao realizarem pesquisas de iniciação científica e ações extensionistas vinculadas à Liga Acadêmica de Oncologia junto a indivíduos em CP oncológicos e sua família identificaram deficiências na RAS no fornecimento dos CP. Discussão: evidências apontam que a rede de atenção oncológica ainda não está suficientemente estruturada para possibilitar aos pacientes oncológicos o acesso tempestivo e equitativo ao diagnóstico e tratamento de câncer. Ademais, a efetivação dos serviços de CP na RAS encontra-se fragilizada, resultando na descontinuidade do cuidado ao paciente oncológico. Algumas dificuldades relacionadas aos CP oncológicos no nível primário de atenção são: ausência de uma formação específica para tal, falta de estrutura para realizar tais ações fora dos espaços institucionais – onde normalmente os CP ocorrem – ausência de retaguarda dos serviços especializados, ineficácia em referência e contrarreferência, etc. Além disso alguns autores ainda colocam que a inexistência dessas condições gera problemas de organização do processo de trabalho, servindo de discurso justificador para a exclusão da atenção continuada ao paciente em fase terminal no contexto da APS. Diante de tais entraves para a implementação e/ou efetivação dos CP na RAS torna-se necessário adoção de medidas para sua solução. Conclusões: essas reflexões sinalizam para a importância da abordagem do tema de CP junto aos profissionais de saúde em formação e de ações de educação permanente, além da criação de serviços de CP vinculados a ligas acadêmicas e projetos de extensão universitária voltados para o tema em questão, de forma (re)orientar as práticas e aproximar o estudante/futuro profissional deste cuidado holístico ofertado ao paciente e aos seus familiares, contribuindo para a efetivação de uma RAS integrada e efetiva.
Palavras-chave Cuidados Paliativos Oncológicos, Redes de Atenção à Saúde, Atenção Primária à Saúde
Forma de apresentação..... Painel
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