Resumo |
Para diversas finalidades, como para a produção de móveis, dormentes e madeira roliça, espera-se que seja produzida madeira com satisfatória resistência a organismos xilófagos e com baixa variação dimensional, as quais são devidas à sua maior proporção de cerne. Com o objetivo de analisar o comportamento do processo de cernificação da madeira ao longo da idade, este estudo visou determinar a relação cerne/alburno da madeira de Tectona grandis. Foi conduzido um estudo no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira – LAPEM do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, situada no município de Viçosa, Minas Gerais, que visou determinar a relação cerne/alburno dessa espécie nas idades de 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16 e 17 anos. Para essas idades (tratamentos) foram colhidas quatro árvores (repetições) e destas foram cortados discos a 0m, 2,3m, 4,6m e 6,9m de altura, em que foram caracterizados nesse estudo. A determinação das porcentagens de cerne e alburno destes discos, foram feitas duas retas perpendiculares passando sobre a medula. Com o uso de uma lupa de aumento de 10X, a qual permitiu nítida distinção entre as regiões de cerne e alburno, mensurou-se a distância das extremidades de cada disco de madeira até o início do cerne e a medida do cerne. A percentagem do alburno foi calculada subtraindo-se da área total a área de cerne. A relação cerne/alburno foi calculada dividindo-se a área de cerne pela área de alburno. Como resultados observados, o comportamento dessa propriedade seguiu tendência de aumento com a idade, com valores mínimos para a idade de 10 anos (0,93) e valores máximos para a idade de 17 anos (1,78). Como consequências desse comportamento, pode-se esperar que madeiras mais velhas de teca tenham, dentre outras características, menores valores de variação dimensional e maior resistência à biodeterioração, sendo que seus usos sejam mais satisfatórios no segmento de movelaria e produção de bens de consumo duráveis, uma vez que maiores serão os rendimentos em madeira de cerne. Agradecimentos: Laboratório de Propriedades da Madeira, Laboratório de Painéis e Energia da Madeira, Departamento de Engenharia Florestal (DEF / UFV) e Guavirá Florestal. |