Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6328

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Ana Paula Ferreira Ribeiro
Orientador MARIA CATARINA MEGUMI KASUYA
Outros membros Alex Cardoso Nogueira, Bruno Coutinho Moreira, Fabio Madeira Barreto, Felipe Barreto Nunes
Título Micro-organismos do solo reduzem a incidência do Mal-do-Panamá em plantios comerciais de bananeiras
Resumo A bananeira (Musa spp.) da família Musaceae, tem origem no sudeste asiático. Muito utilizada na culinária de diversos países, a banana também é conhecida por ser saborosa e ainda ser rica em fibras, potássio e vitaminas C e A. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de banana, com distribuição por todo território nacional. Entretanto, o cultivo dessa fruta é intensamente afetado por doenças fúngicas como o Mal-do-panamá, causada pelo fungo fitopatogênico Fusarium oxysporum f. sp. cubense, que coloniza o sistema vascular causando murcha e morte das plantas. A fim de buscar uma alternativa para a resistência da bananeira a esses fitopatógenos, tem sido utilizado micro-organismos como agentes de biocontrole que possuem a capacidade de reduzir a ação dos micro-organismos prejudiciais e, ainda, aumentar a absorção de nutrientes pelas plantas e compensar os danos causados. O teor de matéria orgânica (MO) e o pH do solo podem afetar a população de micro-organismos benéficos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a população de fungos e bactérias cultiváveis, presentes na rizosfera de bananeira em plantio comercial do Sítio Barreiras. As áreas avaliadas diferiram quanto ao recebimento de diferentes quantidades de MO, bem como a incidência ou não do Mal-do-Panamá. O experimento foi realizado no laboratório de Associações Micorrizicas/DMB/Bioagro/UFV. O solo foi coletado em 15 pontos por bananal, com o auxílio de um anel cilíndrico de 5 cm de diâmetro a uma profundidade de até 20 cm. As amostras foram identificadas como UD-3A T20, Nanica P3T11, UD5-T19 Prata-Panamá, T7UD3B Naine sem sintomas Mal-do-Panamá e T3B com sintomas de Mal-do-Panamá, sendo coletadas na região de Ponto Novo/BA e T15, P1T2, P2T4 e P2T5 sem sintomas Mal-do-Panamá, coletadas na região de Missão Velha/Juazeiro do Norte/CE. Essas amostras foram analisadas quanto à densidade de micro-organismos do solo (UFC/ g de solo) e o número de esporos de Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA). Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Foi observado que as amostras com maiores valores de UFC, seja de bactérias como de fungos, foram nas áreas onde as bananeiras não apresentavam o sintoma do Mal-do-Panamá. A amostra com maior população de fungos foi da área T7UD Naine/BA, onde o solo apresentava pH de 6,3 e 15 g/dm3 de MO. Já as amostras com maiores populações de bactérias foram as áreas UD-3A T20/BA e T15/CE e P2T4/CE, com pH entre 6,5 a 7,4 e concentração de MO entre 17 a 22 g/dm3. Não houve diferença no número de esporos de FMA nas áreas avaliadas. Esses dados indicam que as populações de fungos e bactérias têm uma correlação direta com o pH e o teor da MO do solo e isto deve estar influenciando a redução da ocorrência do Mal-do-Panamá no Sítio Barreiras.
Palavras-chave fungos fitopatogênicos, fungos micorrízicos arbusculares, matéria orgânica e pH
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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