Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6321

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Izabella Bianca Magalhaes Costa
Orientador PATRICIA FELICIANO PEREIRA
Outros membros CARLA DE OLIVEIRA BARBOSA ROSA, CAROLINA ARAUJO DOS SANTOS, Heloísa Helena Firmino
Título Aplicação de triagem nutricional e sua associação com parâmetros nutricionais objetivos na avaliação de crianças hospitalizadas
Resumo A desnutrição hospitalar infantil é um desafio na prática clínica. A identificação do risco nutricional deve ser realizada de forma precoce, mas ainda não há consenso quanto ao melhor método para a triagem em pediatria. Recentemente, o instrumento de triagem pediátrica StrongKids foi traduzido e adaptado para o Brasil. O objetivo deste estudo foi avaliar a aplicabilidade e a associação deste método com parâmetros nutricionais objetivos em crianças internadas em um hospital filantrópico no município de Viçosa, Minas Gerais. O StrongKids foi aplicado no período de outubro de 2015 a julho de 2016 e foram coletadas informações sociodemográficas, clínicas, bioquímicas, dietéticas e antropométricas das crianças hospitalizadas. A correlação entre a pontuação do StrongKids com as variáveis nutricionais foi investigada pelo teste de Correlação de Spearman. A distribuição das variáveis segundo a classificação categórica do método (baixo, médio ou alto risco) foi avaliada pelo teste de Anova (post hoc de Tukey) ou Kruskal-wallis (post hoc de Dunn), conforme a assimetria das variáveis. Adotou-se p<0,05 como indicativo de significância estatística. Foram avaliadas 170 crianças, sendo 57,1% do sexo masculino e com mediana de idade de 2,65 anos (mín=0,2/máx=13,2). Segundo a avaliação antropométrica, 12,4% foram classificadas como magreza, 11,8% com risco de sobrepeso e 8,2% com excesso de peso. De acordo com a triagem pelo Strongkids, 11,2% das crianças estavam em alto risco nutricional, 68,8% apresentavam médio risco e 20% baixo risco. Foi identificada correlação direta entre a pontuação do StrongKids com o tempo de hospitalização (rho: 0,46; p<0,001), concentração de Proteína C Reativa (PCR) (rho: 0,21; p=0,026) e a perda de peso (rho:0,378; p<0,001). As variáveis consumo energético (rho: -0,448; p<0,001), de carboidratos (rho:-0,454; p<0,001), proteínas (rho:-0,369; p<0,001), lipídios (rho:-0,343; p<0,001) e de ferro (rho: -0,289; p=0,002) se correlacionaram de forma inversa, indicando que as crianças com perda de peso e menor consumo alimentar apresentavam maior risco de desnutrição. Quando avaliada a classificação categórica do método, as variáveis tempo de internação (p<0,001) e PCR (p=0,025) aumentaram à medida que o risco nutricional foi maior, enquanto que houve diminuição no consumo de energia (p<0,001), carboidratos (p<0,001), proteínas (p<0,001), lipídios (p<0,001) e ferro (p=0,004). Tanto o sistema de pontuação quanto a classificação categórica do StrongKids apresentaram associações relevantes com parâmetros objetivos relacionados ao estado nutricional, o que sugere sua utilidade como uma ferramenta na identificação de crianças em risco nutricional.
Palavras-chave pediatria, triagem nutricional, desnutrição
Forma de apresentação..... Painel
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