Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6312

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Anderson Junior de Freitas
Orientador MONIQUE RENON ELLER
Outros membros Elizabeth Bárbara Epalanga Pires, Fernanda França e Souza, VALERIA MONTEZE GUIMARAES
Título Caracterização da atividade de fitases em extratos fúngicos do fungo Acremonium zeae B (AZB)
Resumo Caracterização da atividade de fitases em extratos fúngicos do fungo Acremonium zeae B (AZB)

Anderson Junior de Freitas1, Monique Renon Eller2, Elizabeth Bárbara Epalanga Pires3, Fernanda França e Souza4, Valéria Monteze Guimarães5.


1. Discente do Curso de Bioquímica, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular – UFV.

2. Docente do Departamento de Tecnologia de Alimentos – UFV.

3. Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos – UFV.

4. Discente do Curso de Engenharia de Alimentos, Departamento de Tecnologia de Alimentos – UFV.

5. Docente do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular – UFV.


As rações destinadas a animais monogástricos são formuladas a partir de sementes de leguminosas e cereais, as quais possuem grande parte do fósforo indisponível na forma de fitato, ou ácido fítico. Além disso, este componente é um fator antinutricional de proteínas e minerais, dificultando a absorção destes nutrientes pelo animal. As fitases hidrolisam o fitato para obtenção de fósforo inorgânico, mas seu alto custo de produção limita a disseminação de seu uso. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar extratos de extratos fúngicos do Acremonium zeae B (AZB) quanto à atividade de fitase para a produção de ração para suínos a partir de substratos de baixo custo. Para isso, os extratos foram produzidos pelo cultivo do fungo em diferentes resíduos agroindustriais e sob diferentes condições de concentração do resíduo, pH e temperatura de incubação. Estes foram clarificados por centrifugação e a atividade de fitase no meio foi quantificada. Os extratos foram também caracterizados às condições ideais de pH (de 2,5 a 10,0), temperatura (de 10 a 80 ºC) para atividade enzimática, assim como a termoestabilidade a 80 e 90 ºC e influência de íons metálicos (CaCl2, CaCO3, AgSO4, MgCl2, ZnSO4, CuSO4, CaSO4, NH4Cl a 2 e 5 mM). O farelo de milho foi o substrato no qual foi observada a maior atividade de fitase. O extrato produzido apresentou máxima atividade de fitase a 50 ºC e pH 7,5, sendo, portanto capaz de manter sua atividade no sistema gastrointestinal de monogástricos. Além disso, ela manteve atividade praticamente intacta após 10 min de incubação a 80 °C, demonstrando grande estabilidade térmica, sendo a temperatura de peletização na produção de rações para suínos (80 ºC por 2 min). Na presença de íons metálicos, o extrato obteve atividade minimizada na presença dos íons Ca2+ e nos demais, independente do sal. Sendo assim, fitases oriundas do extrato fúngico do AZB possui uma alta estabilidade em temperaturas elevadas, o que indica que pode sofrer processamentos industriais térmicos. Sugere também que pequenas adaptações poderiam viabilizar seu uso industrial, seja pela administração da enzima em cápsulas ou mesmo pela hidrólise do fitato previamente à administração do alimento ao animal.
Palavras-chave Biotecnologia, Alimentação de suínos, Fitase.
Forma de apresentação..... Painel
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