Outros membros |
Adriano Honorato Freire, Ana Carolina Silva Faria, Bruna Maria Ribeiro, Danilo Manzini Macêdo, Gabriel Barbosa de Melo Neto, Marina Martins Santos, Pollyanna Cordeiro Couto , Samuel Pereira Simonato |
Resumo |
Feridas em membros dos equinos representam um sério problema devido à predisposição à formação excessiva de tecido de granulação que retarda a contração da ferida e sua epitelização. Diversos tratamentos têm sido propostos para minimizar essas complicações, entretanto não há nenhum protocolo que garanta sucesso em todos os casos. A laserterapia é indicada no tratamento de feridas. O laser estimula a proliferação de fibroblastos, melhora a síntese de colágeno, aumenta a velocidade de epitelização e, dessa maneira, acelera a reparação. O objetivo desse resumo foi relatar o uso do laser de baixa potência no tratamento de uma ferida na região dorsal do metatarso. Um equino macho, de 3 anos, Mangalarga Marchador, foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa com histórico de laceração traumática do tendão do músculo extensor digital longo no dia anterior. Durante exame clínico foi observado ruptura do referido tendão, ferida em região dorsal no terço médio do metatarso direito com aproximadamente 17 cm de comprimento, 6 cm de largura, 1,5 cm de profundidade além de exposição do terceiro osso metatarsiano. Foi realizado debridamento cirúrgico e tenorrafia. A laserterapia foi iniciada após constatação de ausência de infecção local. Foram realizadas 45 sessões diárias de laser arseniato de gálio (830 nm). A dosimetria utilizada foi de 10 J/cm2, com tempo de aplicação de 40 segundos por ponto, abrangendo toda a lesão. Como critérios para acompanhar a evolução da lesão utilizaram-se registros fotográficos e avaliação clínica da ferida. Ao final do tratamento a lesão apresentava 5 cm de comprimento, 1 cm de largura e 0,2 cm de profundidade. Não houve formação de tecido de granulação exuberante. De acordo com a experiência clínica no tratamento de feridas, a laserterapia de baixa potência, na dose de 10 J/cm2, acelerou processo cicatricial reduzindo o tempo de exposição óssea e de internamento do paciente. O resultado obtido está relacionado a bioestimulação exercida pelo laser de baixa intensidade sobre os fibroblastos e células epiteliais, aumentando assim, a taxa de granulação de boa qualidade associada a contração da ferida, evitando a formação de tecido de granulação exuberante. |