Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6288

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Pollyanna Cordeiro Souto
Orientador ERNANI PAULINO DO LAGO
Outros membros Adriano Honorato Freire, Danilo Manzini Macêdo, Fernanda Timbó D'El Rey Dantas, Gabriel Barbosa de Melo Neto, Jéssica Aparecida Guimarães, LEANDRO ABREU DA FONSECA, Lorena Chaves Monteiro, Marina Martins Santos
Título Diagnóstico da raiva in vivo em equídeos e ruminantes através da citologia da superfície ocular (Imprint de córnea)
Resumo A raiva é uma antropozoonose de caráter infeccioso e cosmopolita caracterizada por uma encefalomielite aguda grave, decorrente da replicação viral que ocorre nos neurônios. O agente etiológico é um vírus do gênero Lyssavirus. O vírus é transmitido, principalmente por contato direto. A apresentação clínica da doença é variável, o animal infectado pode apresentar desde claudicação à morte súbita. Devido à inespecificidade dos sinais clínicos apresentados pelos animais acometidos a confirmação laboratorial é indispensável. Atualmente o teste diagnóstico recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o da imunofluorescência direta (IFD). O teste pode ser realizado diretamente numa impressão tecidual feita em lâmina de microscopia, ou ainda para confirmar a presença de antígeno do vírus em cultura celular. A inoculação intracerebral em camundongos com tecido de amostras suspeitas é utilizado concomitantemente ao IFD. Apesar do método de diagnóstico proposto ser de fácil realização e o resultado sair em poucas horas, o Médico Veterinário de campo enfrenta grandes dificuldades na coleta e envio de amostras suspeitas, além disso, o procedimento de coleta oferece grande risco ao profissional e deve ser realizado após a morte do animal. Diante das dificuldades expostas, propõe-se com esse estudo, desenvolver um método prático de coleta e envio de amostras suspeitas para diagnóstico de raiva, oferecendo um menor risco ao profissional e permitindo que a coleta seja realizada em animais vivos. Em 2015, foram atendidos no Hospital Veterinário de Grandes Animais da UFV, sete animais com suspeita de raiva, estes animais foram submetidos à coleta de amostras para diagnóstico, in vivo, através da citologia ocular (imprint de córnea). A lâmina de miscroscopia foi posta em contato direto com a córnea do animal e em seguida corada com panótico rápido e a leitura da lâmina realizada a fim de observar a presença de inclusão viral. Após o óbito, amostras do SNC foram coletadas, refrigeradas e/ou congeladas e enviadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para realização do teste diagnóstico de raiva conforme recomendado pela OMS. Das sete amostras colhidas, seis eram bovinos e um equino. Dos bovinos, quatro apresentaram resultado positivo no imprint de córnea e também no teste de IFD com amostras do SNC. O equino e os demais bovinos foram negativos tanto no Imprint, quanto no teste de IFD do SNC. Na coloração realizada com o panótico rápido é possível observar a inclusão viral, sugerindo ser causada pela infecção do vírus rábico, no entanto, para confirmação do diagnóstico é necessário que seja feito o teste de IFD que pode ser realizado na lâmina com o imprint. A coleta de material para diagnóstico da raiva através do imprint de córnea é um método prático e oferece menos risco ao profissional responsável pela realização do procedimento.
Palavras-chave Lyssavirus, imunofluorescência direta, bovino
Forma de apresentação..... Painel
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