Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6279

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Noane Liz Rocha Machado
Orientador CLEBERSON RIBEIRO
Outros membros Adinan Alves da Silva, Paloma Stefany Correa Mansur, Roberta Carolina Ferreira Galvão de Holanda, Vanessa do Rosário Rosa
Título Respostas fisiológicas de plantas de soja (Glycinemax (L.)) Merrill submetidas ao déficit hídrico
Resumo O déficit hídrico é o principal estresse abiótico responsável pelas perdas de produtividade na cultura da soja. Dada a importância econômica dessa planta na alimentação e economia mundial, cultivares de soja tolerantes à seca são alvo de grande interesse. Neste trabalho, objetivou-se comparar respostas de tolerância ao déficit hídrico em plantas de soja, por meio de parâmetros fisiológicos. Para tanto, foi utilizada uma variedade comercial de soja (Embrapa 48), reconhecida como tolerante à seca e uma linhagem de soja (11377), proveniente do Programa de Melhoramento da Qualidade da Soja (UFV), a qual demonstrou em experimento de campo, respostas indicativas de tolerância ao déficit hídrico no solo. Todas as plantas do experimento foram mantidas em condições de plena irrigação (controle) até atingirem o estádio de desenvolvimento V4, quando a irrigação de um grupo de plantas foi suspensa por 9 dias (tratamento déficit hídrico-DH), momento em que foram avaliadas e coletadas. Outro grupo de plantas foi reidratado durante cinco dias (tratamento reidratado-RH) e posteriormente, avaliado e coletado, a fim de verificar a capacidade de recuperação ao estresse. Avaliou-se o TRA (Teor Relativo de Água), a partir da pesagem da massa fresca, massa túrgida e massa seca de discos foliares. Para a determinação das trocas gasosas, utilizou-se um IRGA, registrando a taxa de assimilação líquida de CO2 (A), a taxa transpiratória (E), a condutância estomática (gs) e a razão entre a concentração interna e externa de CO2 (Ci/Ca). A fluorescência da clorofila a foi avaliada utilizando-se o fluorômetro acoplado ao IRGA. Amostras de folhas foram coletadas e congeladas em nitrogênio líquido, seguidas de armazenamento em freezer à -80°C até o momento da análise das enzimas antioxidativas. Quanto aos resultados das análises, observou-se que sob déficit hídrico, ambos os genótipos, apresentaram redução nos parâmetros de trocas gasosas, sendo que a linhagem apresentou uma maior redução de E e gs e a cultivar maior redução de A. Na análise da fluorescência, ambos os genótipos reduziram o rendimento quântico efetivo do PSII (ΔF/Fm’) e aumentaram o Quenching não fotoquímico (NPQ), sendo que a 11377 apresentou maior redução do ΔF/Fm’ e maior aumento do NPQ, em relação a E48. Analisando as enzimas antioxidativas (SOD, CAT, POX, APX), no tratamento DH, pode-se notar que a atividade enzimática aumentou, em ambos os genótipos. No caso da E48, as enzimas SOD, CAT e POX tiveram suas atividades duplicadas e a APX superior em 52%. Na 11377, a atividade da SOD aumentou em 32%, da CAT 63%, da POX 67% e da APX 221%. Os resultados obtidos reforçam a hipótese de que a linhagem 11377 apresenta mecanismos de tolerância à seca, devido seus resultados em muitos parâmetros terem mantido o mesmo comportamento da cultivar de soja tolerante, Embrapa 48. Assim, maiores estudos das relações hídricas nessa linhagem poderão validar essa hipótese e contribuir para a sua futura utilização.
Palavras-chave soja, tolerância, déficit hídrico
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,66 segundos.