Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6277

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação, infância e família
Setor Departamento de Educação
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Júlio César Magalhaes Marques
Orientador JOANA D'ARC GERMANO HOLLERBACH
Outros membros Bruna da Silva Ferreira, Laryssa Sampaio Ferreira, Regiane Souza Monteiro
Título O Estatuto da Criança e do Adolescente e e a escola pública de Viçosa
Resumo Este trabalho foi desenvolvido durante a disciplina EDU 144 – Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio, a partir do tema “Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”. O ECA é uma lei federal (lei 8.069/90) promulgada em julho de 1990 que trata dos direitos da Criança e do Adolescente em todo o Brasil. Essa lei cria condições de exigibilidade para os diretos que estão definidos no artigo 227 da Constituição Federal de 1988 e tem sido referência mundial no que tange à proteção das crianças e jovens. O presente trabalho busca apresentar o ECA, a legislação relacionada a ele e o contexto em que ele se insere. Em seguida, analisar, a partir de 21 entrevistas realizadas com professores e técnicos administrativos de uma escola pública de Viçosa - MG, como eles têm se posicionado em relação a essa lei e o uso que fazem dela, com base na análise de textos legais (Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção Internacional dos Direitos da Criança) e de artigos que tratam sobre o tema. O bairro onde se localiza a escola evidencia diversos problemas sociais, tais como a criminalidade, notável no discurso cotidiano dos estudantes. Essa realidade inserida na escola levou-nos a investigar se o ECA era ali compreendido e utilizado. Na primeira parte da entrevista buscamos compreender o perfil e a formação desses profissionais. Já na segunda parte, o conhecimento deles sobre o ECA e como isso reflete na realidade escolar. Em relação ao estatuto, 80% dos técnicos administrativos entrevistados afirmam conhecer e compreender e afirmam também que a escola possui versão impressa do documento. Em relação à capacitação sobre o uso do ECA, apenas um dos entrevistados afirmou ter recebido e todos sabem a qual órgão recorrer diante de algum problema envolvendo crianças e/ou adolescentes. Foram entrevistados 16 professores. Desses, quinze afirmam conhecer e apenas dez afirmam compreender o estatuto. Dos entrevistados, apenas quatro receberam algum tipo de capacitação para fazer uso do ECA. Cabe salientar que, durante a entrevista, os técnicos administrativos trocaram informações entre si, pois alguns não tinham certeza das respostas que apresentavam. Dos professores entrevistados, alguns disseram buscar conhecer o ECA apenas para realização de concurso. Diante da pesquisa realizada, notamos que alguns docentes possuem conhecimento sobre o estatuto, mas não há nenhuma medida para capacitação daqueles que não conhecem o ECA. Proceder desta forma é negligenciar a lei 11.525/07, que, em suma, torna obrigatória a inclusão de conteúdos que tratem dos direitos da criança e do adolescente no currículo escolar. Observando o cotidiano escolar e os problemas ali vivenciados, apesar das diretrizes apontadas pelo Estado quanto à administração e estruturação pedagógica, percebemos que a falta de conhecimento da lei implica na ausência de diretos plenamente atendidos.
Palavras-chave Estatuto da Criança e do Adolescente, Direitos, LDB
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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