Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6275

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Lucas de Paulo Arcanjo
Orientador MARCELO COUTINHO PICANCO
Outros membros Breno Gomes Barbosa, Jhersyka da Silva Paes, Jhulyana Sanches Ferreira, Tarcísio Visintin da Silva Galdino
Título Flutuação populacional e distribuição espacial da seca da mangueira e de seu besouro vetor
Resumo A seca da mangueira, causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata, é uma das principais doenças na cultura da manga. O besouro Hypocryphalus mangiferae tem sido descrito como um dos principais vetores desta doença. Estudos de flutuação populacional e distribuição espacial de patógenos e seus vetores podem fornecer informações importantes no entendimento da dispersão do patógeno e o papel dos vetores na dinâmica de doenças, e assim auxiliar no seu controle. Dessa forma, os objetivos foram: (i) estudar a flutuação populacional do ataque de C. fimbriata e H. mangiferae e (ii) a distribuição espacial desses organismos em pomares de manga. O trabalho foi conduzido em um pomar comercial de manga da variedade espada localizado no município de Itaocara-RJ, durante o período de junho de 2012 à julho de 2015. Mensalmente foram avaliados o número de plantas atacadas por H. mangiferae e a densidade desses insetos, como também o número de plantas infectadas por C. fimbriata e a severidade da doença. Para a análise dos dados de distribuição espacial da doença e das coleobrocas foi utilizada o semivariograma que é uma ferramenta da geoestatística que calcula a dependência espacial entre duas amostras. Feito isso foi selecionado um modelo de distribuição espacial e posteriormente, utilizou-se a metodologia da Krigagem para construção dos mapas de distribuição espacial do besouro e da doença. A temperatura, umidade relativa do ar e precipitação foram monitoradas durante todo período experimental. A partir dos resultados pode-se observar o aumento da percentagem de árvores atacadas pelo besouro e infectadas pelo fungo com o passar do tempo. Além disso, a percentagem de mangueiras atacadas pelo besouro foi sempre maior do que a percentagem de mangueiras infectadas pelo fungo. Não observou-se sazonalidade da flutuação desses organismos provavelmente devido as condições climáticas que foram ideais durante todo o experimento. Através dos mapas de distribuição espacial do fungo e do besouro observa-se uma grande sobreposição entre esses organismos. É possível perceber também que os novos focos de ataque por C. fimbriata no pomar foram precedidos pela colonização de plantas pelos besouros. Portanto, nossos resultados sugerem que a flutuação populacional do fungo C. fimbriata e do besouro H. mangiferae não apresentam sazonalidade. Além disso há uma sobreposição da ocorrência do fungo e do vetor no espaço, entretanto os novos focos da doença, foram precedidas pelo ataque do besouro.
Palavras-chave Ceratocystis fimbriata, Hypocryphalus mangiferae, flutuação populacional
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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