Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6272

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Danilo Manzini Macêdo
Orientador BRUNNA PATRICIA ALMEIDA DA FONSECA
Outros membros Adriano Honorato Freire, Gabriel Barbosa de Melo Neto, Lorena Chaves Monteiro, Marina Martins Santos, Pollyanna Cordeiro Couto
Título Má formação occipto-Atlantoaxial em potro da raça Bretão: relato de caso
Resumo A má formação occipito-atlantoaxial é uma anormalidade congênita que pode ocorrer em qualquer espécie de equídeos, sendo mais comum na raça árabe. Os sinais clínicos são reconhecidos nas primeiras semanas de vida e incluem formato alterado do pescoço na região cranial, com proeminências para um ou ambos os lados, ainda podendo apresentar escoliose e subluxação atlantoaxial. Estes sinais são melhores observados numa visão dorso ventral do animal. Geralmente, há acometimento de tecidos moles, com formação de tecido fibroso em excesso dentro da articulação atlantoaxial e nos ligamentos adjacentes. Um som de “click” pode ser audível durante a movimentação dessa região do pescoço, resultado do deslizamento do dente do áxis abaixo do atlas. O cavalo acometido com essa má formação, apresenta limitações dos movimentos do pescoço e cabeça, assim como ataxia dos membros torácicos e pélvicos, dependendo da intensidade do comprometimento da anatomia do canal vertebral e consequentemente da medula espinhal. Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal Viçosa, um potro de 1 ano de idade, da raça bretão, com 120 kg de peso corporal, e histórico de ataxia dos membros torácicos e pélvicos desde o seu nascimento e com agravamento progressivo dos sinais. Ao exame físico, foi observado escoliose da porção cranial da coluna vertebral cervical, dificuldade em movimentar o pescoço e flexionar a cabeça. O animal foi submetido à anestesia geral no bloco cirúrgico, para realização de exame radiográfico simples e mielografia (radiografia contrastada da medula espinhal) da coluna cervical. Para mielografia, foi realizado o acesso ao espaço sub-aracnóide pela região atlantoccipital dorsal, com cateter 14G. Após ser retirado 20 mL de líquor, quantidade igual de contraste (Iopamidol) foi infundido de forma lenta (cerca de 5 minutos). Projeções radiográficas latero-laterais e dorso-ventrais foram feitas abrangendo as regiões atlanto-occipital, atlanto-axial, e as articulações intervertebrais cervicais subsequentes. Os achados radiográficos caracterizam o quadro clínico como má formação occipto-atlantoaxial, onde conformação anormal do Atlas e do Áxis foi observado. Não ocorria o encaixe articular correto entre essas vértebras. Desvios latero-lateral e dorsoventral entre as duas primeiras vértebras cervicais e desvio dorso-ventral entre a terceira e quarta vértebras cervicais foram detectados. Não existe tratamento para a má formação occipto-atlantoaxial. Em alguns casos a subluxação atlantoaxial pode ser corrigido cirurgicamente. O prognóstico para a função atlética ou sobrevida do animal é determinada pelo grau de rigidez do pescoço provocado pelo acometimento das estruturas ósseas e pelas consequências na medula espinhal.
Palavras-chave Equino, mielografia, coluna cervical.
Forma de apresentação..... Painel
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