Resumo |
A bactéria Azospirillum brasiliense é fixadora de nitrogênio, sendo uma alternativa para o suprimento de parte do nitrogênio necessário à cultura do milho. Assim, uma das alternativas ao aporte de nitrogênio na agricultura orgânica, é o uso de bactérias diazotróficas, como o A. brasiliense. O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento da cultura do milho em diferentes manejos, sob inoculação de A. brasiliense. O experimento foi instalado no delineamento esquema fatorial 6 x 2, sendo seis tipos de manejo na presença ou ausência da inoculação com A. brasiliense. O delineamento foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tipos de manejos foram: Plantio direto convencional (PDC1) sem adubação; PDC2 com adubação mineral na dose de 150Kg ha-1 formulado 8-28-16 + 50 kg de ureia em cobertura; PDC3 com adubação mineral na dose de 300Kg ha-1 formulado 8-28-16 + 100 kg de ureia em cobertura; plantio direto orgânico (PDO1) com 40 m3 de composto orgânico; PDO2 com 20m3 composto orgânico e PDO3 adubação com 40 m3 de composto + consórcio com feijão-de-porco. A variedade de milho utilizada foi a AL Bandeirante, com população de 50.000 plantas ha-1. A semeadura do feijão-de-porco foi realizada na densidade de 6 plantas por metro linear, simultaneamente ao plantio do milho, na mesma linha de plantio. A inoculação foi realizada nas sementes, utilizando o inoculante comercia líquido, AZOTOTAL®, que contém a bactéria A. brasilense, estirpes Abv5 e Abv6, em concentração mínima de 2x108 células viáveis mL-1. A dose utilizada foi de 100 ml ha-1 do inoculante. Foi avaliado o arranque inicial do milho: altura de planta, diâmetro de caule, massa seca da parte aérea. As avaliações foram feitas em dois estádios fenológicos ao longo do ciclo da cultura, V4 e V12. Os dados foram analisados por meio de análise de variância, e as médias comparadas utilizando o teste de Tukey, adotando-se o nível de 5% de probabilidade. O tratamento PDO3 obteve a maior média para altura de plantas e para diâmetro de colmo em V12. O manejo orgânico mantêm a fertilidade do solo, proporcionando o desenvolvimento adequado das culturas. O tratamento PDC1, que recebeu adubação zero, obteve as menores médias para todas as características avaliadas. Demostrando incapacidade desse tratamento de sustentar o desenvolvimento adequado das plantas. Porém, quando este tratamento foi inoculado, proporcionou plantas mais altas (estádio V4) em relação ao não-inoculado, com médias significativamente iguais aos demais tratamentos. O efeito marcante da inoculação ocorreu no tratamento com baixa fertilidade. O manejo orgânico favorece o crescimento das plantas de milho. |