Resumo |
As espécies de trapoeraba Commelina benghalensis e C. diffusa estão entre as principais plantas infestantes na cultura do café, devido à dificuldade de controle nos primeiros anos de cultivo e à sensibilidade do café aos herbicidas utilizados. Objetivou-se com esse trabalho avaliar herbicidas/misturas de herbicidas sobre a eficácia no controle das espécies de trapoeraba e efeito de deriva na cultura café, bem como o efeito das interações entre as misturas. Para tal, foram conduzidos dois experimentos, sendo o primeiro em esquema fatorial 12x2, com 12 herbicidas/misturas (glyphosate, glyphosate + metsulfuron-methyl, glyphosate + flumioxazin, glyphosate + 2,4-D, glyphosate + oxyfluorfen, glyphosate + carfentrazone, metsulfuron-methyl, flumioxazin, 2,4-D, oxyfluorfen, carfentrazone e testemunha) e duas espécies de trapoeraba (C. benghalensis e C. diffusa) e o segundo, em esquema fatorial 6x2+1, com seis herbicidas/misturas (glyphosate, glyphosate + metsulfuron-methyl, glyphosate + flumioxazin, glyphosate + 2,4-D, glyphosate + oxyfluorfen e glyphosate + carfentrazone) e duas formas de aplicação nas plantas de café aos 120 dias após o transplante (atingindo 1/3 da copa do café e com a copa protegida) mais uma testemunha sem herbicidas. Verificou-se variação na tolerância das espécies de trapoeraba para os herbicidas avaliados. C. benghalensis foi controlada pelos tratamentos glyphosate, 2,4-D, glyphosate + 2,4-D e glyphosate + metsulfuron-methyl, enquanto que a C.diffusa foi controlada pelo 2,4-D e pelas misturas glyphosate + metsulfuron-methyl, glyphosate + oxyfluorfen e glyphosate + flumioxazin. A C. diffusa é mais tolerante ao glyphosate em relação a C. benghalensis. A mistura glyphosate + 2,4-D foi eficiente no controle das trapoerabas, mas causou intoxicação e redução no crescimento do café. Houve antagonismo na mistura glyphosate + carfentrazone para o controle das duas espécies e nas misturas glyphosate + oxyfluorfen e glyphosate + flumioxazin para a C. benghalensis. |