Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6250

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Jessica Cristini Pires Sant'Ana
Orientador ERICA TOLEDO DE MENDONCA
Outros membros Cynara Christine Ferreira Dutra
Título Cuidados paliativos oncológicos na visão dos profissionais de Enfermagem da atenção primária à saúde: limites de atuação e paradoxos conceituais
Resumo Introdução: Cuidados paliativos (CP) são a assistência promovida por uma equipe multidisciplinar objetivando a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares diante de uma doença que ameace a vida, realizado por meio de ações que visem a prevenção e alívio do sofrimento, com controle dos sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Estes cuidados tornam-se primordiais já que a prevalência do câncer apresenta elevada magnitude, além do fato da maior parte dos indivíduos serem diagnosticados em estadiamentos mais avançados. Objetivo: Discutir as concepções dos profissionais de enfermagem que atuam nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) sobre CP oncológicos. Metodologia: Pesquisa de natureza qualitativa, realizada nas 15 UAPS do município de Viçosa-MG, com a equipe de enfermagem. Os dados foram coletados no período de 2015 a 2016 por meio de uma entrevista semiestruturada. A análise dos dados foi realizada mediante a técnica de Análise de Conteúdo de Lawrence Bardin. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFV, CAAE: 48394515.8.0000.5153. Resultados e Discussão: Foram entrevistados 28 profissionais de Enfermagem. Quando questionados sobre “O que você pensa sobre os cuidados paliativos?”, os resultados da pesquisa permitiram a elaboração das categorias: “Dificuldades de atuação profissional em CP: como abordar o tema?” e “Paradoxos conceituais em cuidados paliativos: A necessidade do cuidado x a visão de finitude”. Na primeira categoria percebeu-se que os entrevistados não compreendem o real significado dos CP, apresentando dificuldade em conceitua-lo, ou de entender seu real papel frente a estes cuidados, podendo ser relacionado, em parte, à falta de treinamentos acerca da temática, com deficiência desde sua formação. Dificuldades acerca da comunicação também foram descritas por não saberem como se comportar, agir, abordar e conversar com o enfermo e seus familiares. Somado a isso, a própria dificuldade emocional e psicológica ao lidar com a morte expressada nos termos “terminal”, “difícil” e “não sei o que fazer”. A segunda categoria revelou contradição sobre o cuidado, onde deve ser o mais humanizado e diferenciado possível, mas não sabem qual e quando faze-lo. Isto pode ser explicado pelo fato dos profissionais carregarem consigo um cuidado voltado ao modelo biomédico, quando dizem repetidamente “não tem mais o que fazer”, refletindo a crença de que nenhum procedimento poderá modificar o curso da doença. Conclusão: A ausência de treinamentos que abordem a temática dos CP durante a formação profissional e no trabalho gera desafios para a equipe de Enfermagem, dificultando a efetivação de uma rede de assistência em saúde resolutiva e integral. Sendo assim, é de extrema importância que os profissionais atuem no sentido de contribuir para que os pacientes oncológicos e seus familiares enfrentem um processo final de vida com mais dignidade e qualidade de vida.
Palavras-chave Enfermagem, Oncologia, Cuidados Paliativos
Forma de apresentação..... Painel
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