Resumo |
Plutella xylostella (Linnaeus, 1758) é um Lepidoptera pertencente à família Plutellidae que possui grande importância agrícola devido aos grandes prejuízos que este inseto causa a cultura de brássicas no Brasil. O controle químico é um dos principais métodos de controle utilizado contra essa praga nos cultivos. Entretanto, a contínua utilização de agrotóxicos pode causar uma série de problemas como, a redução das populações de insetos benéficos e falhas no controle de pragas devido a seleção de populações resistentes. Portanto, informações sobre a suscetibilidade das pragas a inseticidas é importante em programas de manejo, uma vez que permite verificar possíveis falhas no controle. Nesse sentido, este trabalho objetivou determinar a susceptibilidade de P. xylostella aos inseticidas comerciais clorfenapir, clorantraniliprole e espinetoram registrados para o controle dessa praga. O experimento foi realizado na Universidade Federal de Viçosa no ano de 2016. A população de laboratório foi estabelecida a partir de indivíduos de P. xylostella coletados em plantios comerciais de brássicas em Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Os tratamentos foram três inseticidas: clorfenapir, clorantraniliprole e espinetoram em diferentes concentrações. Estes inseticidas foram selecionados por serem registrados pelo Ministério da Agricultura e Agropecuária para o controle de lagartas P. xylostella na cultura de brássicas no Brasil. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado composto por seis repetições para cada tratamento e dose. Os bioensaios de toxicidade foram constituídos de folhas de couve, imersas por cinco segundos em diferentes concentrações de cada inseticida (diluído em água). O tratamento controle foi constituído de água e o espalhante adesivo. Após a secagem, as folhas foram acondicionadas em placas de Petri e 10 lagartas de 2° ínstar foram transferidas para cada parcela. A avaliação da mortalidade foi realizada 48 horas após a transferência das lagartas. Através da análise de Probit foram determinas as CL50 e CL90 para cada inseticida. O espinetoram apresentou menor CL50 (0,020 mL L-1) e CL90 (0,26 mL L-1) quando comparado com o clorfenapir e o clorantraniliprole. Portanto, dentre os inseticidas testados, esse inseticida foi o mais tóxico as lagartas. Já o inseticida clorantraniliprole apresentou a maior CL50 (3,94 mL L-1) e CL90 (105,06 mL L-1) para a praga e, portanto, o menos tóxico. Dessa forma, podemos concluir que a P. xylostella é mais susceptível ao inseticida espinetoram, já que em menores concentrações este inseticida atinge uma mesma mortalidade quando comparado com os outros inseticidas. |