Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6228

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ensino na saúde
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Tiago da Silva Felipe
Orientador ANDYARA DO CARMO PINTO COELHO PAIVA
Outros membros LUCIANO CORTES PAIVA
Título A doença oncológica na perspectiva do homem e as implicações para a assistência em saúde
Resumo Introdução: O câncer é considerado um conjunto de mais de 100 doenças, caracterizado pelo crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Estimativas do INCA para o ano de 2016 revelam 596.070 casos novos de câncer no Brasil, sendo esperado 295.200 casos na população masculina. Embora alguns cânceres apresentam taxas de incidência semelhantes entre os sexos, observa-se uma maior letalidade dessa doença no público masculino, revelando as implicações de gênero na configuração deste cenário. Observa-se que as concepções e valores estabelecidos socialmente dificultam o acesso dos homens às práticas do cuidado à saúde, assim protelam à ida ao serviço de saúde e só recorrem quando não conseguem mais suportar e lidar com os sintomas, onde muitas vezes já apresentam a doença manifestada. Nesse sentido, profissionais de saúde, pacientes e familiares precisam desenvolver estratégias para controlar os eventos estressores ocasionados pelo câncer, no sentido de minimizar seus impactos e melhorar a qualidade de vida. Objetivo: compreender como o homem percebe a doença oncológica em sua vida. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo de revisão bibliográfica realizado na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando como descritores: “enfermagem” and “saúde do homem” and “oncologia” e a palavra-chave “homem”. Os critérios de inclusão foram: recorte temporal dos últimos 10 anos e artigos disponíveis na íntegra. Resultados: Os estudos evidenciam que os homens vislumbram o câncer como uma doença grave, complexa, incurável e associada à figura da morte. Quando deparam-se com o diagnóstico de uma doença crônica como o câncer os homens são levados a defrontar-se com suas fragilidades, limitações e necessidades de cuidados, até então negligenciadas e comumente associadas ao âmbito feminino. O diagnóstico de câncer coloca os homens em uma condição contrária aos que eles cotidianamente vivenciam e exercitam suas masculinidades. A imagem de “ser forte” pode implicar menores cuidados com o próprio corpo e com a saúde, tornando-o vulnerável a diversas situações. Existem pessoas que se deixam abater pelas dificuldades, enquanto outras lidam com as adversidades de forma positiva, não eliminando o problema, mas ressignificando a sua vida. Independentemente do tipo de câncer e da duração dos tratamentos, vivenciar um processo de adoecimento nunca é uma experiência fácil. Diante disso, destaca-se a importância da atuação dos profissionais de saúde nesse processo, em especial os da enfermagem, para auxiliá-los a se perceberem como responsáveis pelo seu autocuidado. Conclusão: É necessário que o profissional de saúde compreenda o homem como um ser histórico e cultural, que constrói e significa sua identidade mediante as relações com o meio em que vive. Ao adentrar os serviços de saúde os homens carregam consigo suas histórias, suas representações, seus sentidos e afetos e ao considera-las é possível estabelecer uma relação autêntica de cuidado.
Palavras-chave Saúde do Homem, Enfermagem, Oncologia
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,59 segundos.