Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6212

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e Cirurgia Animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Larissa Soares de Oliveira
Orientador ANDREA PACHECO BATISTA BORGES
Outros membros Adryse Marques Dias, EMILY CORRENA CARLO REIS, Renato Barros Eleotério, Rodrigo Viana Sepúlveda
Título Análise da topografia de superfície, biocompatibilidade e biodegradabilidade de uma membrana reabsorvível, rígida e osteocondutora para regeneração tecidual guiada
Resumo A regeneração tecidual guiada (RTG) tem como princípio a utilização de uma membrana de origem natural ou sintética para a implantação sob tecidos moles recobrindo um defeito ósseo ou periodontal. Essa membrana, além de ser reabsorvível, deve possuir a capacidade de estabilizar um coágulo sanguíneo na região do defeito, de forma a permitir a migração de células progenitoras, que são responsáveis pela a produção de um novo tecido ósseo, impedindo a reparação tecidual por tecido fibroso e permitindo a reparação sem qualquer reação adversa. Baseando-se na técnica de RTG, teve-se como objetivo analisar uma membrana de hidroxiapatita sintética (HAP-91®) e policaprolactona (PCL) de tecnologia nacional, visto que a maior parte desses produtos disponíveis atualmente no mercado foram desenvolvidos no exterior, deixando o Brasil dependente de tecnologia estrangeira. Para tal, definiu-se a importância de um material rígido e moldável, de forma a garantir a manutenção do espaço do coágulo, mas também se adaptar a diferentes morfologias do defeito. Além disso, a membrana deve possuir topografia complexa com macro, micro e nanoporos, a fim de propiciar a adesão plaquetária, adesão de fibrina do coágulo e adesão celular, favorecendo a regeneração tecidual. Analisou-se, então, a topografia de superfície dessa membrana através da microscopia eletrônica de varredura observando-se no aumento de 100x uma superfície lisa com macroporos de tamanho médio de 292 µm de diâmetro (± 160,6 µm) e no aumento de 2000x poros micrométricos com 16,7 µm de diâmetro (± 7,9 µm), bem como a presença de grânulos de hidroxiapatita expostos de tamanho nanométrico. Essas informações permitiram caracterizar a superfície da membrana como complexa, o que permite uma degradabilidade do biomaterial in vivo mais lenta, favorecendo a adesão do coágulo e a migração de células progenitoras. Além disso, foi analisado a biocompatibilidade e degradação desta membrana in vivo por implantação subcutânea em quatro pontos diferentes no dorso de coelhos da raça Nova Zelândia. Após 14, 40, 80 e 160 dias pós-implante, realizou-se a coleta do tecido em que foi implantada a membrana, incluindo pele, tecido subcutâneo, tecido muscular adjacente e o próprio biomaterial. As amostras foram encaminhadas para o processamento histológico e, nas análises, foi possível observar a formação progressiva da cápsula fibrosa, células de núcleo único fagocitando o biomaterial, penetração tecidual na membrana, formações de células gigantes e ausência de reação inflamatória intensa, sendo essas características favoráveis à biocompatibilidade. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que a membrana possui uma superfície complexa, biocompatível e biodegradável. No entanto, não foi possível determinar o tempo total necessário para sua reabsorção visto que aos 160 dias ainda era possível visualizar o compósito nas amostras analisadas. Os autores agradecem a CAPES, CNPq e FAPEMIG pelo apoio financeiro.
Palavras-chave Hidroxiapatita, policaprolactona, biocompatibilidade
Forma de apresentação..... Oral
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