Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6206

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Meio Ambiente e Conservação da Natureza
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Luiz Henrique Elias Cosimo
Orientador SEBASTIAO VENANCIO MARTINS
Outros membros Graziele Hernandes Volpato
Título Aplicação do bioindicador comunidade de aves para avaliação de uma área minerada em restauração na Zona da Mata Mineira
Resumo Este estudo, que faz parte de um convênio entre a Votorantim Metais e o LARF-UFV, teve como objetivo avaliar o sucesso de um projeto de restauração florestal em área minerada utilizando a comunidade de aves como indicador do retorno de parte de sua biodiversidade. O estudo foi realizado em uma área onde houve mineração de bauxita em 2003 no município de Descoberto, Minas Gerais, e desde então está em processo de restauração, que se iniciou por meio de plantio de mudas de espécies arbóreas no mesmo ano. Os dados de riqueza de espécies foram obtidos através do método Auditivo e Visual, baseado na visualização ou reconhecimento da vocalização das aves. A interpretação dos dados foi feita por meio do cálculo do Índice de Contribuição por Espécie de Avifauna (IC-PEAVRE), que indica o potencial que uma espécie de ave tem para a auto-recuperação de área degradada, considerando os seguintes critérios: nível de dependência das aves ao habitat florestal, o hábito alimentar e sensibilidade à alteração de habitat das espécies (SMTS). Por fim, foram identificadas as espécies endêmicas e ameaçadas. Foram encontradas 53 espécies de aves, distribuídas em 17 famílias. Em relação ao hábito alimentar, encontrou-se 45,28% espécies insetívoras, 22,64% frugívoras/onívoras, 16,98% frugívoras, 9,43% nectarívoras, 3,77% granívoras e 1,89% onívoras. Quanto ao hábitat, 47,17% das espécies são florestais, 45,28% semi-florestais, enquanto 7, 55% vivem em campos e áreas abertas. Em relação à sensibilidade, 1,89% das aves apresenta alta sensibilidade a perturbações do hábitat, 35,85% média e 62,26% baixa sensibilidade. Na comunidade em estudo, houve oito níveis de IC-PEAVRE com base nos valores atribuídos para cada um dos parâmetros já mencionados. Do total de espécies, 13,21% das espécies encontram-se na classe mais alta, ou seja, apresentam as características mais desejadas na restauração: habitat florestal, frugívoras, onívoras ou frugívoras/onívoras e baixa sensibilidade à alteração de habitat. O levantamento mostrou a presença de nove espécies consideradas endêmicas da Mata Atlântica: Thalurania glaucopis, Dendrocincla turdina, Xiphorhynchus fuscus, Chiroxiphia caudata, Todirostrum poliocephalum, Hemitriccus nidipendulus, Attila rufus, Tachyphonus coronatus e Tangara cyanoventris. O levantamento da avifauna na área sugere que a restauração com plantio de mudas está proporcionando habitats favoráveis para o retorno das aves, incluindo aves florestais, potenciais dispersores de sementes, e espécies endêmicas, atuando assim na recuperação da biodiversidade. Portanto, conclui-se que a mineração de bauxita na região é viável em termos ambientais através do investimento em projetos de restauração florestal das áreas mineradas.
Palavras-chave Avifauna, restauração ecológica, mineração de bauxita
Forma de apresentação..... Painel
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