Resumo |
O maracujazeiro azedo (Passiflora edulis Sims) é uma planta frutífera, pertencente à família Passifloraceae, com distribuição marcadamente tropical, principalmente nas Américas e na África. Sua cultura está difundida em diversos países, sendo o Brasil o principal produtor mundial. O cultivo do maracujazeiro destaca-se no agronegócio, devido a sua importância econômica para o setor, fato atribuído ao aumento da demanda pelo fruto no mercado consumidor, tanto pelas indústrias produtoras de sucos, quanto pela população que cada vez mais se interessa pelo consumo de frutas in natura, além de sua ampla utilização na indústria farmacêutica, devido as suas propriedades farmacológicas. A determinação do desenvolvimento vegetativo de plantas, pode ser realizada através da verificação a campo de sua habilidade de emissão de folhas. Plantas que emitem maior número de folhas, tem maior capacidade de produção de compostos fotoassimilados, favorecendo o seu desenvolvimento e aumentando a sua produtividade. Portanto, objetivou-se avaliar o potencial de desenvolvimento vegetativo de 20 progênies de irmãos completos sendo 10 híbridos e 10 recíprocos de maracujazeiro amarelo obtidas no banco de germoplasma da Universidade Federal de Viçosa (UFV), baseando-se na quantificação do número de folhas destas plantas. O experimento foi realizado no pomar experimental do Departamento de Fitotecnia, da UFV, situada no município de Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais. As análises foram realizadas 30 dias após o plantio das mudas no campo, em delineamento de blocos casualizados com três repetições e 4 plantas por parcela, em esquema fatorial 20 x 2 (progênies x períodos de avaliação). As mudas foram obtidas por semeadura e cultivadas em ambiente protegido por 90 dias antes do transplante para o campo. As progênies foram avaliadas em dois períodos com intervalo de quinze dias, onde realizou-se a contagem direta do número de folhas por planta. Os dados obtidos foram tabulados e submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste F, utilizando o programa estatístico GENES. Em relação ao desenvolvimento vegetativo, verificou-se que não houve diferença significativa (p>0,01) entre progênies, fato que pode ser justificado pela base genética estreita entre elas. Em contrapartida, houve diferença significativa (p<0,01) entre as médias obtidas, em cada período de avaliação, sendo que no segundo período obteve-se uma maior média de número de folhas por planta. Justifica-se o maior número de emissão de folhas no segundo período, devido ao maior desenvolvimento das plantas e a maior adaptabilidade das mesmas as condições do campo. Portanto, plantas da mesma espécie, que possuem estreitas bases genéticas, cultivadas em ambiente similares não apresentam variações significativas quanto a capacidade de emissão de folhas, porém quanto maior o tempo de adaptação da muda ao ambiente, maior será o seu número de folhas. |