Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6155

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História, política e cultura
Setor Departamento de História
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Thays Alves Rodrigues
Orientador RUBENS LEONARDO PANEGASSI
Título A relevância de um mito na construção do modus operandi do Império português
Resumo O corpus deste trabalho, o opúsculo Fides, Religio Moresque Aethiopum, do humanista Damião de Góis, e Verdadeiras informações das terras do Preste João da Índia, do Padre Francisco Álvares, oferece-nos um retrato nítido da profunda crise que transformou o período renascentista numa época de contradições. Assim, nos anos que compreendem a viragem da primeira metade do século XVI, observamos a reiteração ou mesmo a substituição de uma série de elementos que irão compor o modus operandi do Império, incidindo na cronística quinhentista. Diante disso, nos propomos apreender e analisar os principais conceitos presentes nas obras de Góis e Álvares, a fim de recuperarmos a operacionalidade destes no âmbito de seu contexto. Nesta pesquisa nos apoiamos na relevância do mito do “Preste João” para a busca de outros povos e paragens e, consequentemente, no modo como este mobilizará uma linguagem predominantemente política, que em última instância irá reforçar a consciência de um “império marítimo” como nos afirma o historiador Giuseppe Marcocci. Em nossa investigação nos serviram de base os estudos metodológicos de Quentin Skinner e John Pocock que, buscam circunscrever os termos e os textos em suas conjunturas específicas. Neste sentido, procuramos identificar o sistema de referências no qual Francisco Álvares e Damião de Góis encontram-se inseridos; além de consequentemente desenvolver um estudo dos reinados de D. Manuel (1495-1521) e D. João III (1521-1557). Já o uso semântico das categorias é analisado, sobretudo, a partir das contribuições de Koselleck e sua história dos conceitos. Tanto Damião de Góis quanto Francisco Álvares, apresentam um espírito de tolerância, assimilando a cultura etíope com o intento de inseri-la na comunidade cristã ocidental. Neste sentido, suas obras encontram-se fundamentadas em dois grandes eixos temáticos: o Irenismo – que articulará a noção de guerra justa – e, os Usos e Costumes das gentes – que, como uma categoria ampla mobilizará a partir da relação alteridade/semelhança uma série de conceitos como, engenho, justiça e honra.
Palavras-chave Etiópia, Império, Portugal
Forma de apresentação..... Painel
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