Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6126

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Thaís Lessa Silva
Orientador SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI
Outros membros Roberta Stofeles Cecon, SILVIA ELOIZA PRIORE
Título Percepção da imagem corporal de adolescentes com e sem triagem positiva para transtornos alimentares
Resumo Introdução: transtornos alimentares (TA) são distúrbios psiquiátricos de etiologia multifatorial, caracterizados pela preocupação excessiva com o peso e forma corporal, que pode levar a alterações na percepção da imagem corporal, principal fator de risco para o desenvolvimento desse distúrbio. Objetivo: conhecer a prevalência de triagem positiva para TA e correlacionar a percepção da imagem corporal com o perfil antropométrico. Metodologia: realizou-se triagem de TA em adolescentes de 10 a 14 anos de idade em âmbito escolar utilizando-se os questionários Eating Attitudes Test (EAT-26), Children’s Eating Attitudes Test (ChEAT) e o Bulimic Investigatory Test Edimburg (BITE). Após triagem, foi selecionado o grupo de estudo, composto por adolescentes com triagem positiva para TA, e os grupos de comparação, um com adolescentes sem triagem positiva para TA e eutróficos segundo o Índice de Massa CorporalIdade (IMC/Idade), e o segundo com adolescentes sem triagem positiva para TA e com excesso de peso segundo IMC/Idade. Foi realizada avaliação antropométrica (peso, altura e cálculo do IMC) e de percepção da imagem corporal (Escala Brasileira de Silhueta) nos grupos de estudo e comparação. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa e todos os adolescentes e seus pais/responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: a triagem de TA foi realizada em 1.300 adolescentes e a prevalência de triagem positiva foi de 5,5% (n=71). O grupo de estudo foi constituído de 42 adolescentes, pois 29 deles não aceitaram participar das demais avaliações. Os grupos de comparação foram constituídos de 34 adolescentes no grupo eutrófico e 18 no grupo excesso de peso. O grupo de estudo se assemelhou ao de excesso de peso em relação às variáveis antropométricas, não havendo diferença estatística no peso, altura e IMC, com valores de 62,55 kg (p=0,441), 1,62 m (p=0,288) e 23,72 kg/m2 (p=0,07) no grupo de estudo comparado aos valores de 66,13 kg, 1,59 m e 25,86 kg/m2 do grupo excesso de peso. Em relação à percepção da imagem corporal, também não houve diferença entre os grupos de estudo e excesso de peso, sendo que o primeiro apresentou 95,2% de insatisfação e o segundo 94,4% (p=0,952). A insatisfação corporal esteve correlacionada com os valores de peso (r=-0,624; p<0,01) e IMC (r=-0,618; p<0,01), sendo que à medida que o adolescente se mostrava insatisfeito, querendo diminuir o tamanho corporal, os valores de peso e IMC aumentavam. Conclusão: o excesso de peso, que atinge um quarto da população adolescente, pode ser considerado fator de risco para alteração na percepção da imagem corporal, aumentando o nível de insatisfação corporal desses adolescentes, insatisfação essa, que é hoje um dos principais fatores desencadeantes dos TA. Apoio: FAPEMIG
Palavras-chave transtornos alimentares, adolescentes, imagem corporal
Forma de apresentação..... Painel
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