Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6111

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação, política e movimentos sociais
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Eliane de Fátima Dutra
Orientador MARIA DE LOURDES MATTOS BARRETO
Outros membros ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA, Edna Lopes Miranda
Título O estado da arte sobre os movimentos sociais rurais: as ações coletivas e as práticas educativas na zona da mata mineira
Resumo Os movimentos sociais rurais têm sido foco de vários estudos, que apontam para o seu papel ativo na luta por direitos e garantias relativos aos grupos excluídos dentro da sociedade brasileira. Através da articulação de ações coletivas, os movimentos sociais agem como resistência à exclusão e provocam novas dinâmicas sociais no campo. Financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), esta pesquisa teve como objetivo analisar a produção acadêmica relativa às dissertações e teses sobre os Movimentos Sociais Rurais no Brasil, a partir dos anos 1980. Utilizou-se para a realização das análises das dissertações e teses, o software ALCESTE (Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos de Texto). As análises revelaram que, enquanto os movimentos sociais rurais da década de 1980 até fins do século XX tiveram suas ações coletivas orientadas pelas reivindicações no mundo do trabalho, principalmente, voltadas para a questão do acesso a terra, os movimentos sociais rurais que surgiram após os anos 2000 tiveram suas reivindicações voltadas para as demandas da vida cotidiana, com ênfase para a sociabilidade e as relações sociais estabelecidas entre os diferentes atores sociais que participam destes movimentos. Além disso, constatou-se que os Movimentos Sociais Rurais da Zona da Mata Mineira, território escolhido devido sua grande representatividade de movimentos sociais rurais, tem se efetivado como espaços de socialização secundária, voltados para a formação coletiva dos seus participantes. Tais processos de socialização secundária se construíam com base em dinâmicas educativas que buscavam desenvolver práticas de reciprocidade, ajuda mútua e solidariedade entre os participantes, elementos importantes para a vida social em comunidade. Contudo, este capital político construído a partir da participação em movimentos sociais repercutiria em práticas de resistência ou adaptação? Eis a motivação para a continuação da presente pesquisa, articulada como uma investigação mais ampla, em nível de doutorado.
Palavras-chave Movimentos Sociais, Estado da Arte, Práticas Educativas
Forma de apresentação..... Painel
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