Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6110

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Farmacologia e bioquímica
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gabriela Diniz Pinto Coelho
Orientador REGGIANI VILELA GONÇAVES
Outros membros Mariáurea Matias Sarandy Souza, Rômulo D Novaes
Título Efeito cicatrizante da pomada a base de 5α-dihidrotestosterona em feridas cutâneas de segunda intenção em ratos diabéticos
Resumo A cicatrização de feridas cutâneas é um processo que envolve vários fatores tanto bioquímicos quanto fisiológicos, com o objetivo de garantir a restauração tecidual. Esse processo é prejudicado quando se tem associado patologias como o Diabetes Mellitus, especialmente do tipo I. Estudos mostram a relação da testosterona com a vascularização de tecidos e vasodilatação nos órgãos genitais e, considerando esses dados acreditamos que o hormônio tenha efeito sobre a reparação de feridas cutâneas na condição diabética, uma vez que a vascularização do tecido é um processo extremamente importante para o reparo cutâneo. Este trabalho teve como objetivo analisar o efeito da pomada de 5α-dihidrotestosterona (DHT) em feridas cutâneas de segunda intenção em ratos Wistar com diabetes, analisando seus efeitos sobre a quantidade de vasos sanguíneos e fibroblastos. Os animais (± 198.25g) ficaram em gaiolas individuais com acesso a água e comida ad libitum, Comitê de Ética Animal - Viçosa (registro 730/2014). A pomada foi formulada com 5α- dihidrotestosterona incorporado em base de lanolina (veículo) nas concentrações de 10 e 20%. A indução do diabetes foi realizada através da injeção intraperitoneal de estreptozotocina (60mg/kg). Foram realizadas 3 feridas cutâneas circulares de 12 mm cada. Os animais foram separados em 6 grupos com 8 animais: VT: ratos diabéticos tratados com 0,6 g de creme de lanolina (veículo), SA (controle): ratos diabéticos tratados com solução salina a 0,9%, NC: ratos não diabéticos tratados com solução salina a 0,9%, PC (controle positivo): ratos diabéticos tratados com 0,6 g de sulfadiazina de prata (0,01%), T1: ratos diabéticos tratados com 0,6 g de 5α-DTH (10%); T2: ratos diabéticos tratados com 0,6 g de 5α-DTH (20%), ambos emulsionados em lanilona. As aplicações dos tratamentos foram feitas diariamente durante 21 dias. Foram removidos, a cada sete dias, tecidos de diferentes feridas, os fragmentos foram fixados em solução de Karnovsky, embebidos em parafina e seccionados (4 µM). Os cortes foram corados com hematoxilina e eosina (H&E) para análise dos fibroblastos e vasos sanguíneos. Nos grupos tratados com 5α-DHT (10 e 20%), mostraram maior vascularização e aumento da proporção de células quando comparado com o veículo (VT), solução salina (Sa) e controle positivo (PC), durante todas as fases do processo cicatricial. Baseado nisto, concluímos que a aplicação tópica de 5α-DTH nas concentrações de 10 e 20% tem efeito positivo na cicatrização de feridas em animais diabéticos, uma vez que melhora a vascularização tecidual e consequentemente promove a proliferação celular, favorecendo a atividade metabólica das células e aumentando a síntese de matriz extracelular.
Palavras-chave diabetes, cicatrização, 5α-dihidrotestosterona
Forma de apresentação..... Painel
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