Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6091

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Marco Tulio Pardini Gontijo
Orientador REGINA CELIA SANTOS MENDONCA
Outros membros EDVALDO BARROS, Laís Silva Batalha, Maryoris Elisa Soto Lopez
Título Análise da modulação na expressão proteica da bactéria Escherichia coli O157:H7 após infecção pelo bacteriófago UFV-AREG1
Resumo Desde a sua descoberta em 1915 por Frederick Twort, os bacteriófagos líticos (do grego "comedor de bactérias") se mostraram como ferramentas importantes para o controle de bactérias. Esses vírus são capazes de injetar seu material genético no citosol da célula bacteriana, direcionando as vias de transcrição e tradução do hospedeiro para a produção de novas partículas virais, causando uma alteração do padrão de expressão proteica. Embora o uso dessas entidades tenha sido promissor em tempos iniciais, o advento de antibióticos e sanitizantes diminuiu a utilização dos bacteriófagos nos setores relacionados à saúde humana. Contudo, o uso abusivo de antimicrobianos tem contribuído com o surgimento de bactérias resistentes, as quais podem ser causadoras de infecções e intoxicações (em alguns casos mortais) ou responsáveis pela deterioração de produtos alimentícios. Na indústria de alimentos, os bacteriófagos podem ser utilizados em formulações para o biocontrole das bactérias veiculadas pelos diferentes produtos alimentícios, sejam elas patogênicas ou deteriorantes. Dentre o grupo das bactérias patogênicas, a bactéria Escherichia coli estirpe O157:H7 é uma das principais veiculadas por produtos de origem animal, especialmente produtos cárneos mal cozidos. Essa bactéria é altamente infecciosa, causando em torno de 9000 infecções e 600 mortes por ano. Para a melhor compreensão do processo de infecção viral, é necessário compreender a modulação na expressão proteica, isto é, a análise das proteínas envolvidas no processo de morte celular durante a infecção. Para esse tipo de estudo são feitas análises proteômicas, que observam as proteínas expressas por um organismo sob determinadas condições. Este trabalho teve como objetivo determinar os padrões de expressão de proteínas da bactéria E. coli O157:H7 após 15 minutos de contato com o bacteriófago UFV-AREG1 (GenBank: KX009778), tomando o mesmo hospedeiro não infectado como referência para avaliar as mudanças na expressão. Para determinação qualitativa da expressão de proteínas foi usada a técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida SDS (SDS-PAGE). Foi observado no gel o desaparecimento ou diminuição de intensidade de algumas bandas relacionadas à expressão proteica da bactéria infectada em relação à não infectada, mostrando que algumas proteínas podem ter passado a ser expressas em menor quantidade que outras. Além disso, a presença de bandas exclusivamente no gel da bactéria infectada mostra a variação do tipo de proteínas expressas após a infecção viral, sugerindo a expressão de novas proteínas devido à infecção pelo bacteriófago UFV-AREG1. Em consequência, estes resultados indicam um possível desvio do metabolismo celular causado pela infecção fágica e, ainda, a possível produção de proteínas estruturais (utilizadas para a montagem das novas partículas virais geradas) e/ou responsáveis pela lise bacteriana no final do ciclo de infecção do bacteriófago.
Palavras-chave bacteriófagos, biocontrole, Escherichia coli
Forma de apresentação..... Painel
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