Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6090

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Pedro Ancelmo Nunes Ermita
Orientador JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO
Outros membros Bruna Maria Ribeiro, Laice Alves da Silva, Lorena Chaves Monteiro, Micheline Ozana da Silva
Título Alterações hemogasométricas de equinos Mangalarga Marchador submetidos ao exercício de marcha
Resumo Tipicamente brasileira, a raça Mangalarga Marchador, surgiu a mais de 200 anos e hoje encontra-se difundida em vários países. A principal atividade esportiva desta raça é a prova de marcha, uma competição de longa duração, de intensidade submáxima, com alta exigência metabólica e energética. Exercícios com estas características são capazes de gerar alterações orgânicas importantes, como modificações no equilíbrio ácido base, estando estes desequilíbrios diretamente relacionados ao grau de condicionamento físico destes animais. Na literatura, poucas informações estão disponibilizadas, tornando necessário pesquisas que busquem melhor elucidar a respostas do organismo animal frente as provas de marcha, fornecendo informações que auxiliem aos treinadores a estabelecer protocolos de treinamento, que potencializem a capacidade atlética do Mangalarga Marchador. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do treinamento de marcha sobre o equilíbrio ácido base de equinos Mangalargar Marchador. O experimento foi conduzido no Haras Recreio, localizado no município de Viçosa, Minas Gerais. Foram utilizados oito equinos saudáveis, da raça Mangalarga Marchador, com idade entre cinco e 10 anos, de ambos os sexos e em rotina de treinamento para provas de marcha. Todos os animais foram montados no período da manhã e submetidos a um protocolo de treinamento constituído de 10 minutos de aquecimento ao passo seguindo de uma simulação de prova de marcha de 45 minutos ininterruptos, em pista de terra batida. As avaliações hemogasométricas foram realizadas em dois momentos, imediatamente antes do exercício (T0), com o animal ainda desarreado, e em até 5 minutos (tempo para desarreio do animal) após o exercício, antes do banho. A avaliação hemogasométrica, feita em gasômetro da marca Radiometer Copenhage, modelo ABL 80 Flex, constou de pH, pressão parcial de oxigênio (pO2), pressão parcial de gás carbônico (pCO2), concentração de hemoglobina (ctHb), concentração de bicarbonato (ctHCO3-), concentração de base (cBase), concentração de gás carbônico (ctCO2), saturação do oxihemoglobina (sO2), Anion Gap (AGAP) e da diferença de íons fortes (DIF). Os dados foram submetidos à análise descritiva, aos testes de normalidade e homogeneidade e as médias comparadas pelo teste de Fisher, considerando a probabilidade de erro de 5%. Não houveram alterações significativas na ctHb, ctHCO3-, cBase, ctCO2, AGAP e DIF. Houve aumento (P<,05) no pH, pO2 e sO2 e diminuição da pCO2. Podemos constatar que o treinamento de marcha, nestas condições, é capaz de provocar mínimas alterações no equilíbrio ácido base de equinos Mangalarga Machador, sem comprometer a saúde ou o desempenho atlético dos mesmos.
Palavras-chave cavalos, treinamento, hemogasometria.
Forma de apresentação..... Painel
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