Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6082

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Física teórica, experimental e de simulação
Setor Departamento de Física
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Wesley Francis Costa Cota
Orientador SILVIO DA COSTA FERREIRA JUNIOR
Título Transição de fase de processos epidêmicos em redes com taxas de infecção ponderadas
Resumo Fenômenos como a propagação de doenças em pessoas, ou de vírus em computadores conectados pela internet, ou mesmo de informações em uma determinada rede social, são todos exemplos de processos dinâmicos que acontecem tanto na natureza quanto na sociedade. Eles ocorrem sobre estruturas geralmente complicadas, utilizando as conexões (arestas) entre os elementos (vértices) constituintes para propagar alguma atividade: tais estruturas podem ser representadas por redes complexas. O estudo de tais processos ocorrendo em tais redes é um tema de grande interesse da Física Estatística em virtude da relevância em estudar e caracterizar as propriedades de redes reais e artificiais, já que o entendimento de problemas teóricos nessas estruturas possuem aplicações importantes em áreas como a saúde pública - estudando-se as melhores formas de controlar um surto epidêmico, por exemplo. Os modelos epidêmicos comumente estudados apresentam transições entre um regime de atividade endêmica, na qual a epidemia possui uma probabilidade finita de durar indefinidamente; e uma outra absorvente, na qual a doença é erradicada em um tempo finito. Dois de tais modelos são o Suscetível-Infectado-Suscetível (SIS) e o Processo de Contato (PC), nos quais os vértices podem assumir dois estados: infectado ou suscetível. No primeiro modelo, um vértice infectado transmite a doença para cada um de seus vizinhos suscetíveis com taxa λ, enquanto no último transmite com taxa λ/k, sendo k o número total de conexões (grau) do vértice infectado. Neste trabalho, no entanto, um modelo epidêmico generalizado é proposto e investigado, cuja taxa de transmissão da doença por vértice infectado é λ/kα, sendo α um número real qualquer: com α = 0 e 1 temos os modelos SIS e PC, respectivamente. Foi aplicada a análise de Campo Médio Heterogênea, na qual a distribuição de graus da rede é explicitamente incluída. Assumindo uma distribuição em lei de potência da forma P(k) ~ k, sendo γ um parâmetro, resulta-se que a transição ocorre em um valor finito de λ para α + γ > 3, dependendo da distribuição, e o valor é nulo caso contrário - o regime é ativo para qualquer valor de λ. Foram determinados os expoentes críticos para redes de tamanho infinito, e também da Teoria de Escala de Tamanho Finito. Enquanto os primeiros explicitamente dependem do parâmetro α, os últimos não. Comparações com a teoria analítica tanto em redes annealed (as conexões variam com o tempo de forma controlada) e em redes congeladas (as conexões são fixas ao longo do processo dinâmico) serão apresentadas. Conhecer e caracterizar essas transições de fase em modelos epidêmicos é de extrema relevância para que se possa entender como as propriedades estruturais de uma rede são responsáveis por alterações em aspectos dinâmicos de propagação de epidemias e, para isso, simulações computacionais e métodos de física estatística são utilizados neste trabalho.
Palavras-chave fenomenos criticos, epidemias, redes complexas
Forma de apresentação..... Painel
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