Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?
17 a 22 de outubro de 2016
Trabalho 6075
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Ensino médio |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
| Área temática | Ecologia e biogeografia |
| Setor | Colégio de Aplicação - Coluni |
| Bolsa | PIBIC/CNPq |
| Conclusão de bolsa | Sim |
| Apoio financeiro | CNPq |
| Primeiro autor | JULIE VARGAS LADVOCAT ROCHA |
| Orientador | HELIO PAULO PEREIRA FILHO |
| Outros membros | João Paulo Pereira de Almeida, KARLA SUEMY CLEMENTE YOTOKO, LAURA DINIZ SCOFIELD, Yoan Camilo Guzman Sarmiento |
| Título | Inventário populacional de espécies da família Drosophilidae dentro do campus da UFV |
| Resumo | Desde o início do século XX, as drosófilas vêm sendo utilizadas como modelo em estudos genéticos, evolutivos e didáticos. A familia Drosophilidae possui cerca de 1787 espécies descritas, tanto cosmopolitas quanto endêmicas, dependendo da espécie analisada e da região estudada, devido à sua fácil adaptação aos meios urbanizados pelo homem. Os drosofilideos são bons indicadores das condições ambientais nos trópicos, já que apresentam ampla distribuição, ocupam diversos nichos e são sensíveis às modificações ambientais. Espécies de drosofilídeos amplamente distribuídas, em geral, estão associadas à ambientes altamente impactados de modo que a riqueza dessas espécies segue gradientes de urbanização. Com isso, é observada uma maior diversidade de espécies nativas em áreas menos impactadas. No campus da UFV há um grande contingente populacional de espécies de drosofilídeos, entre cosmopolitas e nativas. Neste trabalho, por meio de taxonomia tradicional com base na morfologia genital dos machos, testou-se a hipótese de que espécies cosmopolitas ocupariam preferencialmente áreas urbanizadas enquanto as nativas estariam restritas às partes mais preservadas do campus. Para tanto, foi feito um levantamento populacional e um inventário das espécies em porcentagem dos indivíduos capturados por armadilhas com iscas de banana fermentada em locais mais ou menos preservados do campus da UFV (Mata da Biologia e Mata do Paraíso) e em outros totalmente modificados (margem da Lagoa Principal da UFV). Em cada local traçamos um trajeto de 100 metros, no qual colocamos cinco armadilhas (dispostas a 20 metros de distância umas das outras). Essas armadillhas foram deixadas no campo por 72 horas. As moscas capturadas foram anestesiadas com acetona e postas em tubos com álcool e glicerina (1:1). Foram catalogadas 17 espécies distintas das quais 11 são nativas e 6 são cosmopolitas. Os dois ambientes menos impactados apresentaram maior diversidade de espécies (12 espécies na Mata da Biologia e oito espécies distintas na Mata do Paraíso) do que o ambiente mais urbanizado (apenas quatro espécies distintas registradas). Foi registrada também a presença da espécie cosmopolita Drosophila simulans e da espécie invasora Zaprionus indianus nos três pontos amostrados. Espécies cosmopolitas e invasoras acarretam competição por território, alimentos, sítios reprodutivos, dentre outros. Estes resultados mostram a importância das áreas de reserva na conservação da fauna nativa e alertam para evitar a colonização de espécies cosmopolitas e invasoras. |
| Palavras-chave | Drosofilídeos, inventário populacional, taxonomia tradicional. |
| Forma de apresentação..... | Oral |