Resumo |
O efluente da indústria de laticínios é considerado um dos principais responsáveis pela poluição causada pela atividade. Sua alta carga orgânica é prejudicial ao ambiente, em especial quando disposta sem tratamento nos cursos d´água, algo que é considerado crime ambiental. Uma alternativa potencial e de menor custo para unidades menores é a disposição do efluente no solo. Diante do exposto, o presente trabalho objetivou avaliar o efeito da aplicação de efluente de leite e resíduos orgânicos nas propriedades físicas do solo. O experimento foi conduzido em vasos com 6 dm3 de solo proveniente do horizonte A de um Latossolo Vermelho Amarelo, obtido no banco de solos do Departamento de Solos da UFV. O experimento, conduzido por dois meses, consistiu da adição de volumes de soro de leite, proveniente do Laticínio FUNARBE, e aplicação de diferentes resíduos orgânicos, estabelecendo-se seis tratamentos. Os tratamentos foram: controle (T1); soro de leite (T2); soro de leite + cama de frango (T3); soro de leite + esterco bovino (T4); soro de leite + esterco bovino + cama de frango (T5) e; soro de leite + esterco bovino + cama de frango + brita (T6). Na montagem dos tratamentos, dois anéis volumétricos foram posicionados na parte central de cada vaso, com três repetições. Os resíduos orgânicos foram aplicados na dose de 500 cm3 por vaso. No tratamento T5, esse volume foi dividido entre os dois resíduos. No tratamento T6, além dos 500 cm3 totais de resíduos, o vaso recebeu ainda 500 cm3 de brita. Os tratamentos com aplicação de soro receberam 300 mL, aplicados três vezes por semana. O tratamento controle recebeu apenas 300 mL de água deionizada nos mesmos momentos da aplicação do soro nos demais tratamentos. As análises realizadas ao final do período experimental foram textura e condutividade hidráulica por meio do mini-infiltrômetro de disco. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, seguida do teste de Tukey a 5% de significância. Os tratamentos avaliados não implicaram em alterações das variáveis avaliadas, o que permite concluir que a disposição de soro de leite e resíduos agropecuários não afeta a condutividade da água no solo, que em média alcançou o valor de 0.01177 cm/s . Outros atributos físicos estão sendo avaliados para se averiguar possíveis efeitos dos tratamentos. |