Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6059

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Educação e formação universitária
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBID
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Byanka Karolyne Dias da Silva
Orientador GINIA CEZAR BONTEMPO
Outros membros Beatriz Viana Valente, Mateus Silva Figueiredo, Mírian Quintão Assis, Rute Soares Valente
Título O despertar de jovens cientistas e a popularização da Ciência por meio de aulas práticas e demonstrativas.
Resumo Uma das dificuldades no ensino de Ciências é o aluno não conseguir relacionar a teoria apresentada em sala com a sua realidade. Para Paulo Freire, para compreender a teoria é preciso experienciá-la e é nesse contexto que a realização de aulas práticas se torna uma importante estratégia, apresentando a relação indissociável entre teoria e prática. O desenvolvimento de aulas práticas, idealmente, se dá em um laboratório, mas é possível realizá-las de maneira eficaz mesmo com poucos recursos. O ensino público, muitas vezes, carece de investimento, inclusive no que diz respeito a laboratórios didáticos. Essa realidade é vivenciada pela Escola Municipal Dr. Arthur Bernardes, Viçosa – MG, contemplada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) - UFV. Tendo em vista essa realidade, os pibidianos de Biologia, recém-ingressos no programa, decidiram ministrar suas primeiras aulas utilizando as modalidades didáticas ‘aula prática’ e ‘aula demonstrativa’ para as turmas do 7º e 9º ano do Ensino Fundamental. Com elas, os bolsistas pretendiam facilitar o aprendizado de Ciências, aproximando o conhecimento científico da realidade do aluno e evidenciar que a falta de recursos não precisa ser um empecilho para a realização de aulas práticas e/ou demonstrativas. Os pibidianos prepararam as aulas de maneira a se adequar à falta do laboratório e de recursos laboratoriais, utilizando a abordagem construtivista, em que o conhecimento prévio do aluno é considerado como ponto de partida para a construção de novos saberes, valorizando a participação ativa de todos os sujeitos envolvidos. As aulas práticas e demonstrativas ministradas no 7º ano foram sobre ‘transporte de substâncias no caule das plantas’ e ‘a ação de microrganismos e a conservação dos alimentos’. No 9º ano foram trabalhadas ‘misturas homogêneas e heterogêneas e os métodos de separação das mesmas’ e ‘os conceitos de condução elétrica’ relacionadas ao cotidiano dos alunos. Por meio da participação ativa dos alunos e das perguntas e comentários feitos por eles durante a experimentação, ficou evidente a melhor compreensão de conceitos científicos. Foi observada, também, a capacidade dos jovens de formularem hipóteses, revelando o cientista em potencial. Entretanto, é importante salientar que, por mais interessante que seja realizar experiências fazendo uso de materiais alternativos, a aula prática, em muitos casos, torna-se o único meio que o aluno estabelece com o ambiente laboratorial, tendo um maior impacto. A realização das aulas utilizando espaço e recursos alternativos foi importante para desconstruir o conceito elitista de Ciência – complicada, cara, feita por adultos e dentro de um laboratório. A ciência experimental é de fácil acesso e pode ser levada para dentro da sala e para o contexto do aluno, salientando que o sujeito cientista está presente, também, dentro da criança que é capaz de pensar de maneira científica, tendo curiosidade e formulando suas próprias hipóteses.
Palavras-chave PIBID, Jovens cientistas, aulas práticas.
Forma de apresentação..... Painel
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