Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6055

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Mídia e comunicação
Setor Departamento de Comunicação Social
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Juliana de Oliveira Pina
Orientador HENRIQUE MOREIRA MAZETTI
Título A difusão da cultura terapêutica no jornalismo digital
Resumo A expressão cultura terapêutica, cunhada por Rieff (1987), significa uma mudança de foco dos interesses coletivos para os pessoais, caracterizando uma preocupação com o bem-estar pessoal e com o eu. Nesse sentido, cada vez mais são observadas revistas e sites jornalísticos, com amparo das redes sociais, que se interessam pela autoajuda como uma das suas editorias, mudando seu dever do público para o privado. Essa vertente é chamada de jornalismo de autoajuda e tem como princípio aconselhar o leitor, através de notícias que propõem fórmulas para atingir algo e, geralmente, têm manchetes que mostram sete maneiras de conseguir algo ou dez dicas para resolver algum problema, por exemplo. Esses conselhos vão além do entretenimento e acabam moldando a conduta dos indivíduos a partir da produção de uma subjetividade específica. Nessa perspectiva, esta pesquisa é sobre este jornalismo e como ele vem se tornando mais popular hoje em dia, por apresentar a seus leitores conselhos para conquistar um ideal proposto em nossa sociedade. Um site que é conhecido por sua influência na vida feminina é o Bolsa de Mulher que também está presente nas redes sociais. Com seu slogan “Inspirando mulheres”, ele procura aconselhar suas leitoras no modo de ser e agir em temas como relacionamento, comportamento, beleza, moda, saúde e casa. Assim, o objetivo dessa pesquisa é analisar o que é ser mulher para o site, pensando no que ele propõe como modos de ser e estar na sociedade, e o que este sugere como modelo a ser atingido. O problema que está sendo estudado é como o Bolsa de Mulher direciona suas editorias para esse tipo de jornalismo e como ele é responsável por oferecer conselhos as suas leitoras, propondo fórmulas e modelos subjetivos para que elas saibam lidar com autoestima, problemas, entre outros. Para estudar estes propósitos, a pesquisa tem como metodologia coletar notícias, ao longo de um período ainda a ser determinado, que apresentam modelos de subjetividade feminina e são compartilhadas pelo site em sua página no Facebook. O intuito dessa coleta é analisar o conteúdo presente nas notícias, observando o que está sendo sugerido como forma de aconselhamento e o padrão de mulher proposto pelo site ao dar “receitas” para que suas leitoras possam alcançar objetivos, que o site considera ideais hoje em dia. Para essa compreensão, no referencial teórico consta Freire Filho (2011) e Prado (2013) com seus estudos sobre jornalismo de autoajuda, Rieff (1987) mostrando o surgimento da cultura terapêutica e Foucault (1995) e Machado (2013) para uma análise dos processos de produção de subjetividade. Dessa forma, até o presente momento, foi feita uma análise exploratória do site em uma coleta inicial de notícias do que foi publicado em sua página no Facebook. Além disso, foram feitas leituras para o desenvolvimento do referencial teórico. Assim, espera-se compreender os tipos de mulheres que o portal propõe a partir de um estudo sobre o jornalismo de autoajuda.
Palavras-chave Jornalismo de autoajuda, subjetividade feminina, Bolsa de Mulher
Forma de apresentação..... Oral
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