Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6034

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Mídia e comunicação
Setor Departamento de Comunicação Social
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Sergio Luiz da Conceição Felix
Orientador RICARDO DUARTE GOMES DA SILVA
Outros membros Deborah Medice Silva
Título Mídia jornalística e transexualidade: Representações e vestígios do discurso sobre travestis em alguns jornais mineiros
Resumo Esta pesquisa se constitui em uma análise do texto e das imagens jornalísticas referentes ao público transexual e travesti no acervo digital dos jornais mineiros: Super Notícia (estilo popular) e Estado de Minas (estilo referencial). O Brasil é campeão mundial em assassinatos de pessoas transexuais e travestis, segundo a ONG Transgender Europe. A expectativa de vida dessa população é de aproximadamente 35 anos, frente a média de 73,6 anos dos demais brasileiros. Porém, grande parte da sociedade subestima ou apenas ignora a existência desse problema. A partir da compreensão desse contexto de invisibilidade do sujeito, o objetivo da pesquisa é realizar um estudo qualitativo de 12 notícias dos jornais citados buscando identificar como textos e imagens representadas nas mídias colaboram à construção ou manutenção de uma realidade a respeito das travestis e transexuais. Especificamente, a pesquisa propõe: a) Estudar o contexto que envolve o lugar de minoria social das travestis e transexuais no país e em Minas Gerais, situando-o como um problema público e de reconhecimento social; b) Selecionar no acervo digital nos dois principais jornais mineiros “objetos noticiosos” (títulos, subtítulos, texto, fotolegendas, imagens, etc.) que abordam travestis e transexuais; c) Análise de textos e imagens do conteúdo coletado. Até o momento já foi possível identificar, através da análise de algumas notícias, o quanto é comum a informação jornalística transgredir princípios legitimados pelo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, no que se refere ao desrespeito a identidade de gênero das pessoas trans mencionadas nas informações. A constante adjetivação masculina e a inserção do nome de registro sem autorização prévia são alguns exemplos. Assim, avaliamos não só o jornalismo, mas principalmente o jornalista, como capazes de sustentar e sinalizar preconceitos e estereótipos dos indivíduos transexuais e travestis nas páginas dos jornais referenciais e populares, mas também um jornalismo produzido por indivíduos capazes de construir um objeto noticioso que rompa com concepções mantenedoras das mesmas ideias e percepções intolerantes e ainda hegemônicas no país.
Palavras-chave Transexualidade, Representação social, Discurso jornalístico
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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