Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6017

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Doenças, reprodução e comportamento animal
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Domingos Lollobrigida de Souza Netto
Orientador CIRO ALEXANDRE ALVES TORRES
Outros membros Carlos Thiago Silveira Alvim Mendes de Oliveira, João Víctor Pinto de Araujo Campos, Jorge Guimarães dos Santos Junior, Lucas Correa Martins Machado
Título Criopreservação do sêmen caprino com diferentes concentrações espermáticas associadas ou não a melatonina e submetidas ao teste de termorresistência
Resumo A criopreservação do sêmen provoca alterações celulares prejudiciais, tornando as células espermáticas altamente sensíveis a elevadas concentrações de espécies reativas de oxigênio (ROS) produzidas no processo. A melatonina possui forte ação antioxidante e sequestra as ROS que podem causar danos e apoptose aos espermatozoides. Neste estudo avaliou-se o efeito de diferentes concentrações espermáticas associadas ou não a melatonina sobre a viabilidade dos espermatozoides caprinos após o seu descongelamento. Utilizou-se quatro reprodutores caprinos, com coletas de seis ejaculados por animal. O sêmen foi diluído em meio comercial à base de gema de ovo. A concentração espermática e a adição de melatonina ao diluente foram assim distribuídas: T1: Controle 40 X 106 sem adição de melatonina, T2: 40 X 106 com 1μM, T3: 40 X 106 com 100μM, T4: Controle 80 X 106 sem adição de melatonina, T5: 80 X 106 com 1μM, T6: 80 X 106 com 100μM, T7: Controle 100 X 106 sem adição de melatonina, T8: 100 X 106 com 1μM e T9: 100 X 106 com 100μM. O pré-congelamento foi realizado em vapor de nitrogênio líquido. O sêmen foi descongelado em banho-maria a 37 ºC por 30 seg., seguido da avaliação da motilidade progressiva pelo teste de termo resistência durante três horas, em intervalos de 60 minutos, a uma temperatura de 37ºC, sendo as médias analisadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Na motilidade progressiva pós-descongelamento, em todos os tempos avaliados, a concentração de 100μM de melatonina apresentou o valor mais expressivo (T0: 40.28±1.10, T60: 25.56±1.47, T120: 15.14±1.32, T180: 4.24±0.70) em comparação ao controle (T0: 33.19±1.02, T60: 19.38±1.18, T120: 8.33±0.83, T180: 3.40±0.51) e a concentração de 1μM de melatonina (T0: 35.42±0.95, T60: 20.18±1.10, T120: 6.81±0.63, T180: 1.60±0.42). Em relação às diferentes concentrações espermáticas 40 X 106 (T0: 40.56±0.97, T60: 27.54±0.95, T120: 11.74±1.12, T180: 3.06±0.50), 80 x 106 (T0: 36.39±1.03, T60: 22.29±1.29, T120: 12.29±1.22, T180: 4.31±0.70) e 100 x 106 (T0: 31.94±1.00, T60: 15.28±1.20, T120: 6.25±0.57, T180: 1.88±0.44) utilizadas não houve interferência na avaliação dos parâmetros seminais. Os espermatozoides de todos os tratamentos apresentaram motilidade espermática progressiva dentro do recomendado CBRA (Manual para exame andrológico e avaliação de sêmen animal, 2013), que propõe motilidade de no mínimo 30% após descongelamento na espécie caprina. Os espermatozoides de todos os tratamentos apresentaram diferenças (P < 0,05) para o parâmetro motilidade progressiva. A incorporação de melatonina na concentração de 100μM mostrou-se superior à do controle e a concentração de 1μM, porém outros parâmetros seminais devem ser analisados antes de indicar a incorporação de melatonina na criopreservação de sêmen caprino.
Palavras-chave Criopreservação, melatonina, sêmen caprino
Forma de apresentação..... Painel
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