Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5988

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Luma de Oliveira Comini
Orientador ANA VLADIA BANDEIRA MOREIRA
Outros membros Camila Gonçalves Oliveira Chagas
Título Efeito do consumo da farinha de alga (Gracilaria birdiae) sobre o perfil lipídico do tecido adiposo de ratos wistar
Resumo As algas são um grupo de organismos muito heterogêneo, mas que possuem a característica de realizar fotossíntese. Esses organismos também apresentam uma composição nutricional interessante, sendo ricas em proteínas, polissacarídeos estruturais (ficocolóides), vitaminas, minerais, baixas concentrações de lipídios e poucas calorias. A Gracilaria birdiae é uma alga do filo Rhodophyta muito abundante no nordeste brasileiro e possui uma composição nutricional importante sendo constituida de fibras alimentares pouco digeríveis pelo trato gastrointestinal que podem exercer também ação antioxidante no organismo. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do consumo de farinha de alga (Gracilaria birdiae) no perfil lipídico do tecido adiposo de ratos Wistar. Trata-se de um estudo exérimental e controlado com duração de 4 semanas. Foram utilizados 24 ratos Wistar divididos em 3 grupos com 8 animais cada. As dietas foram divididas em dieta controle; dieta com substituição parcial da fibra por farinha de alga (G50) e dieta com substituição total da fibra por farinha de alga (G100). A extração lipídica da farinha de alga e do tecido foram realizadas pelo método de FOLCH et al. (1957) e a esterificação das amostras foi realizada pelo método de HARTAMAN e LAGO (1973). A peroxidação lipídica foi mensurada por meio da determinação da medida das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico. Os dados foram submetidos ao teste Shapiro Wilk e posteriormente a análise de variância (ANOVA). A comparação das médias foi realizada pelo teste de Tukey com 5% de probabilidade. O estudo foi conduzido segundo as Normas Brasileiras de Experimentação Animal e submetido ao Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de Viçosa (nº do processo 24/2013). O perfil lipídico da farinha de alga (Gracilaria birdiae) revelou uma concentraçao maior de ácidos graxos saturados em relação aos monoinsaturados e poli-insaturados, destacando-se a presença majoritária do ácido palmítico (C16:0), 57,84% seguido dos ácidos mirístico (C14:0), 4,18% e esteárico (C18:0), 4,03%. O grupo G50 foi o grupo que apresentou maior concentração de ácidos graxos monoinsaturados principalmente de ácido oleico (C18:1n9), 44,12% no tecido adiposo. O grupo G100 apresentou maior concentração de ácidos graxos poli-insaturados sendo o ácido linoleico (C18:2n6) o principal constituindo quase 32% do total desses ácidos graxos. Além disso, o G100 apresentou menor presença de ácidos graxos com propriedades aterogênicas (19,42%) que o controle (24,67%) e o G50 (21,49%). A média de produção de malonaldeído no tecido adiposo foi menor no grupo G100. O consumo da alga Gracilaria birdiae parece influenciar positivamente a composição de ácidos graxos do tecido e possivelmente, a produção reduzida de malonaldeído no tecido adiposo se deve às suas propriedades antioxidantes.
Palavras-chave Algas marinhas, Antioxidantes, Perfil lipídico
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,61 segundos.