Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5979

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Genética e melhoramento vegetal
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Andréia da Silva Caetano
Orientador JOSE EUSTAQUIO DE SOUZA CARNEIRO
Outros membros Ana Laura Nicomedes Carneiro, Beatriz Fernandes de Seia Gonçalves, Michel Henriques de Souza, Micheli Thaise Della Flora Possobom
Título Caracterização de cultivares de feijão (Phaseolus Vulgaris L.) “preto” recomendadas no Brasil quanto à resistência à murcha-de-fusário
Resumo O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) apresenta grande importância alimentar, sócio-econômica e cultural no Brasil. O melhoramento genético do feijoeiro tem buscado constantemente o desenvolvimento de cultivares mais resistentes e adaptadas ao cultivo. O feijão é hospedeiro de vários patogénos, causadores de doenças que remetem a perdas significativas na produção de grãos. Umas das doenças mais agressivas no feijão, principalmente em áreas sob cultivo sucessivo, especialmente em pivô central, é a murcha-de-fusário, causada pelo fungo Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli (Fop). Assim, o objetivo com esse trabalho foi caracterizar as cultivares de feijão “preto” recomendadas no Brasil quanto à resistência à murcha-de-fusário e inferir sobre a produtividade de grãos destas cultivares. Foram conduzidos dois experimentos com 40 cultivares de feijão preto, um em casa-de-vegetação, visando avaliar a resistência à murcha-de-fusário, e outro no campo, para avaliar a produtividade de grãos. Em campo, utilizou-se o delineamento blocos casualizados com três repetições e com parcelas constituídas de quatro linhas de dois metros. Já para a avaliação de doença, os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, no delineamento de blocos casualizados com duas repetições, sendo cada repetição formada por um vaso com três plantas. Como testemunha suscetível à murcha-de-fusário utilizou-se a cultivar Meia Noite. Aos 11 dias após a semeadura realizou-se a inoculação das plantas com um isolado coletado em Coimbra-MG, denominado UFV-FOP-1, por meio da metodologia do palito. Palitos contaminados com o fungo foram espetados nas plantas de feijão no centro do hipocótilo, a cerca de 1 cm abaixo do nó cotiledonar. Plantas de um vaso de cada cultivar, denominadas controle, passaram pelo mesmo processo de inoculação, porém com ausência do fungo no palito. A avaliação foi realizada aos 21 dias após a inoculação, por escala de notas de 1 a 9, conforme proposto por Pastor-Corrales e Abawi (1987), considerando, também, o escurecimento vascular das plantas. Houve diferença significativa entre os genótipos avaliados para a produtividade de grãos e severidade de murcha-de-fusário. A média de produtividade de grãos foi de aproximadamente 2.895 kg/ha. Para a murcha-de-fusário, a maioria das cultivares apresentaram notas de severidade intermediarias (notas de 3,1 a 6,0). As cultivares IPR Tiziu, BRS Valente, BRS Uirapurú e BRS Expedito apresentaram alta produtividade de grãos, superior a 3.000kg/ha, e foram classificadas como resistentes à murcha-de-fusário (notas ≤ 3) quando inoculadas com o isolado UFV-FOP-1. De modo geral, a maioria das cultivares de feijão preto recomendadas no Brasil tem apresentado boa produtividade de grãos e resistência intermediária à murcha-de-fusário.
Palavras-chave Doenças do feijoeiro, Melhoramento do feijoeiro, Fusarium oxysporum
Forma de apresentação..... Painel
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