Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5958

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Envelhecimento e qualidade de vida
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Natália Calais Vaz de Melo
Orientador KARLA MARIA DAMIANO TEIXEIRA
Título Envelhecimento no Brasil: análises a partir das Síntese dos Indicadores Sociais de 1998 e 2015
Resumo O processo de envelhecimento populacional acarreta uma série de implicações nas mais distintas esferas da sociedade, seja social, econômica, e política. Diante desse contexto, esse estudo teve como intuito demonstrar, a partir de uma revisão bibliográfica, como está ocorrendo o processo de envelhecimento no Brasil, desde a publicação da primeira Síntese dos Indicadores Sociais em 1998 e a última em 2015, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados apontam que, no Brasil, os idosos representavam, em 1997, 8,7% da população brasileira, passando para 13,7%, em 2014, e isso se deve a dois processos: a transição demográfica e a transição epidemiológica. A queda da taxa de mortalidade e a redução da taxa de fecundidade, a partir da década de 1960, são os dois determinantes básicos da transição demográfica, o que alterou significativamente a estrutura etária da população. Associado a esse processo, ocorre a transição epidemiológica, em que a diminuição das taxas de fecundidade e das doenças infectocontagiosas aumentaram a esperança de vida. As projeções feitas pelo IBGE indicam que, em 2030, a proporção de idosos no Brasil será de 18,6%, e, em 2060, de 33,7%, ou seja, a cada três pessoas na população, uma terá ao menos 60 anos de idade. Dadas as diferenças na dinâmica demográfica regional, observou-se que, em 2014, este indicador foi mais elevado para as regiões Sul e Sudeste e menos expressivo no Norte do país. Além disso, houve um aumento no grupo de 80 anos ou mais de idade na população, que passou de 1,2%, em 2004, para 1,9%, em 2014. Nesse ano, e também comparando com 1997, grande parte dos idosos de 60 anos ou mais de idade era composta por mulheres. Vale ressaltar que o primeiro Relatório dos Indicadores Sociais publicado em 1979 pelo IBGE já destacava a mudança demográfica que estava acontecendo no país, com a tendência de estreitamento da base da pirâmide etária e alargamento de seu topo. Contudo, as políticas públicas voltadas para esse segmento da população são tardias. O envelhecimento constitui-se não só uma questão demográfica, mas também um desafio transversal às famílias, sociedade e o Estado, cabendo ao Estado a implementação de políticas públicas que oportunizem qualidade de vida para esse segmento populacional. Assim sendo, é preciso enfatizar que as transformações demográficas e epidemiológicas ocorridas ao longo das últimas décadas caracterizam os idosos como um grupo populacional importante, com especificidades próprias e necessidades que, para serem atendidas, requerem uma maior atenção da família, sociedade e governo. Assim, entende-se que a discussão levantada não se esgota aqui, mas acredita-se que permitirão contribuir para o avanço das pesquisas sobre o idoso no país.
Palavras-chave Envelhecimento, transição demográfica, Brasil.
Forma de apresentação..... Painel
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